Grande nome de Hollywood, La Marr foi alvo de grandes tumultos por trás das câmeras
Barbara La Marr fazia tudo, era dançarina, atriz e até mesmo roteirista. Não tinha medo algum de se aventurar em novas áreas. Tanto que, anos antes do sucesso, aos 17 anos, se casou com o fazendeiro Jack Lytell e os dois logo se mudaram para Nova York.
A mulher ficou maravilhada diante de todo o glamour que a cidade que nunca dorme proporciona e começou pequenos trabalhos como roteirista. No entanto, sua beleza era tão exótica que os produtores logo falaram pra a jovem que o destino dela seria a na frente das câmeras.
E foi isso que fez, La Marr acabou estrelando 27 filmes em um curto período de tempo, mas até hoje é conhecida por ser um dos grandes nomes do cinema mudo americano e por sua vida cercada de polêmicas e casamentos fracassados.
Sorte no jogo, azar no amor
Se a carreira da mulher estava em ascensão, sua vida pessoal ia para o caminho oposto e estava em ruínas. A primeira tragédia se deu quando seu amado marido Jack Lytell morreu por pneumonia três semanas depois do casório. O episódio abalou a jovem atriz.
Para esquecer a dor, ela se dedicava cada vez mais ao trabalho e se tornava uma estrela. Nesse tempo também deu uma nova chance ao amor. Um ano depois, em 1914, conheceu o galanteador Lawrence Converse. Apesar de estar fragilizada com a perda de seu primeiro amor, a atriz aceitou o pedido de casamento.
No entanto, o que ela não esperava era que um dia após a celebração, Converse fosse preso por bigamia. Na época, as autoridades descobriram que o homem mentiu sobre sua identidade e tinha outra família. Era mais um choque para Barbara, que decidiu seguir em frente.
Mais amores
Em 1916, durante uma de suas apresentações de dança, La Marr não conseguia tirar os olhos de outro dançarino Philip Ainsworth. Foi amor à primeira vista e em 1916, os pombinhos se casaram.
O tão sonhado conto de fadas que Barbara queria estava acontecendo. Philip era um jovem bem afortunado e nada poderia dar errado. Foi o que ela pensava, até que o amado foi preso por passar cheques sem fundo. Novamente sem chão, a atriz pediu o divórcio no ano seguinte.
Todavia, não demorou muito para Barbara encontrar seu quarto marido, outro dançarino chamado Ben Delly. Extremamente frio, o homem era um alcoólatra viciado em jogos de azar que, ao invés de ser um apoio para sua esposa, só a deixava mais triste e para baixo. O casamento estava fadado ao fracasso e acabou em 1921, no auge da carreira da estrela.
O decair de uma estrela
Barbara tentava esquecer sua dor com muito álcool e uma vida noturna agitada. Para conciliar sua vida pessoal com o trabalho que tanto amava, La Marr afirmava que dormia apenas duas horas por dia: "Eu traio a natureza. Nunca durmo mais de duas horas por dia. Tenho coisas melhores para fazer", revelou em entrevista.
Além da bebedeira e da falta de sono, a renomada atriz fazia de tudo para sempre se manter bela e seguir os padrões estéticos da época. Como consequência, passou por dietas malucas e tomava remédios para emagrecer descontroladamente, agravando cada vez mais sua saúde.
Em 1925, durante as gravações do filme The Girl from Montmartre, a atriz desmaiou no set. Após ser atendida pela emergência, La Marr fez uma série de exames. Na época, ela foi diagnosticada com uma inflamação nos rins, além de uma gravíssima tuberculose pulmonar. Era uma situação trágica. Para se ter ideia, no final de sua vida, a belíssima mulher pesava apenas 36 kg e não conseguia nem se quer levantar da cama.
Em janeiro de 1926, com apenas 29 anos — e um futuro brilhante pela frente —, Barbara La Marr morreu diante das muitas complicações da tuberculose. Não bastasse a morte trágica, Hollywood esteve diante de um segredo.
Após o óbito foi revelado que a atriz era mãe um doce menininho chamado Marvin Carville La Marr, que sempre esteve longe da tumultuada vida pública de Barbara. Mesmo em seus momentos finais, a identidade do pai nunca foi revelada. Seu único pedido foi que a atriz ZaSu Pitts, grande amiga da artista, cuidasse do garoto da melhor maneira possível.
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