O objeto, que pertencia a uma jovem de apenas 13 anos, teria se transformado em uma cápsula do tempo acidental ao ser aberta em 2022
No estado do Texas, localizado nos EUA, funcionários realizavam a reforma de uma escola em 2022 quando descobriram, sobre as tábuas do piso, uma bolsa de plástico que estava perdida há 63 anos.
O objeto, assim como seu fascinante conteúdo, permaneceu congelado no tempo desde 1959 — ele pertencia a uma aluna de apenas 13 anos que frequentava a instituição de ensino. Exceto por alguns buracos no material que aparentavam ter sido roídos por um rato, o apetrecho estava intacto.
Como divulgado pela liga escolar Clear Creek Independent School Discrict (CCISD), a dona da bolsa era AndreaBeverly Williams. Curiosamente, muitos dos objetos no interior do compartimento de plástico eram marcados com "Beverly" e "Williams", mas nenhum com "Andrea", o que teria sido um obstáculo na caça por sua identidade.
Após muito pesquisarem, sem sucesso, através de anuários antigos (que são álbuns tipicamente produzidos a cada ano escolar nos EUA mostrando fotos dos estudantes e dos professores), os funcionários da Clear Creek finalmente perceberam a informação que faltava, assim se aproximando da solução do mistério.
À procura da mulher, que em 2022 estaria na terceira idade, eles teriam buscado os telefones de contato da família de Williams em bancos de dados com árvores genealógicas, mas apenas puderam obter uma linha telefônica que já não houvesse sido desativada após a imprensa local divulgar a história para ajudar na busca.
Foi então que receberam a notícia de que Andrea faleceu em 2015, segundo informou a CNN. A norte-americana deixou para trás, no entanto, seu marido e nove filhos que em muito apreciaram receber aquela cápsula do tempo acidental que lhes permitiu dar uma espiada em como era a mulher aos 13 anos.
Em sua pequena bolsa de plástico, a jovem Williams teria, entre seus objetos essenciais para navegar a rotina escolar, fotografias, notas manuscritas, alguns lápis, um pente de cabelo, uma carteira, dois panos de estampa florida e um calendário marcado apenas até abril de 1959.
Tudo o que extraímos acrescentou à história dela. Foi como montar um quebra-cabeça. Era uma representação precisa de como era um adolescente naquela época", afirmou Sydney Hunt, da Clear Creek, em entrevista à CNN.
Entre os bilhetes, se destaca um que possui teor mais privado: "Na noite seguinte, no clube para adolescentes, começamos a namorar", revela Andrea no pedaço de papel amarelado.
Outra mensagem interessante, por sua vez, teria sido escrita pela mãe da estudante para permitir que ela pegasse uma condução após a aula: "Beverly tem minha permissão para andar neste ônibus. Ela vai ficar com Sandra esta noite".
Também à CNN, Deborah Hicks, uma das filhas da dona da bolsa, contou como foi revirar o passado de sua mãe:
Ficamos surpresos. Foi ótimo ver como ela era extrovertida quando adolescente. Ela ia a bailes, tinha muitos amigos. Foi engraçado ver que a maneira que ela era aos 13 anos era também a maneira como ela seria mais tarde na vida com nove filhos", refletiu.