O rei do rock sofria com problemas de saúde, mas surpreendeu o mundo pela forma abrupta como morreu
Bem diferente do que em seu tempo de auge, os últimos anos de Elvis Presley foram marcados por recorrentes problemas de saúde e empecilhos que resultavam em remédios consumidos em larga escala — visto que o Dr. Nichopoulos, médico pessoal do astro, relatou ao jornal New York Times ter prescrito ao menos 10 mil comprimidos para o cantor apenas em seu último ano de vida.
O período contrastava a dieta desbalanceada com opiáceos, anfetaminas, barbitúricos, tranquilizantes, hormônios e laxantes para tentar solucionar os primeiros sinais de fraqueza metabólica; conforme reportamos anteriormente, Presley lidava com a pressão alta, sonambulismo e glaucoma.
Apesar da necessidade de reservar um tempo para a saúde, Elvis manteve uma rotina de shows com a agenda lotada, realizando seu último show em 26 de junho de 1977, 20 dias antes de seu último suspiro.
Nos dias seguintes a apresentação, retornou à mansão Graceland, em Memphis, onde seus últimos momentos foram acompanhados por funcionários da residência e, em especial, sua namorada Ginger Alden.
A companheira revelou com detalhes alguns dos últimos dias do Rei do Rock no livro de memórias "Elvis & Ginger", publicado em 2017.
Na obra, ela relata que no dia anterior ao óbito, ele chegou a ir ao dentista no período da noite e, ao chegar em casa, ainda teve tempo de jogar uma partida de squash (tênis contra a parede) na quadra da casa.
Durante a madrugada, a companheira ainda viu o namorado se sentar em um piano da residência e cantar suas duas últimas músicas em vida, sendo elas 'Unchained Melody', um cover do grupo Righteous Brothers e, por fim, 'Blue Eyes Crying In The Rain', popularizada na voz do cantor country Willie Nelson.
Em trecho divulgado pelo Daily Mail, ela acrescentou que, após a cantoria, aguardou o companheiro deitada na cama, mas teve a recusa por parte de Presley, que proferiu suas últimas palavras conhecidas: "Vou ao banheiro ler". Alden solicitou ao companheiro para não adormecer sentado ao vaso, como já havia presenciado anteriormente.
Ginger afirmou ter adormecido, acordando somente às 14h — mas rapidamente percebeu que Elvis não havia voltado para a cama ou sequer desligado o abajur ao seu lado.
Prevendo que tinha dormido na privada, abriu a porta do banheiro e o viu desacordado no chão do banheiro, caído próximo ao vaso sanitário junto de uma bíblia.
A companheira tentou abrir um olho ou acordá-lo, sem sucesso: "Eu dei um tapa nele algumas vezes e foi como se ele tivesse respirado uma vez quando virei a cabeça. Era apenas vermelho sangue, mas eu não conseguia movê-lo. [...] Eu não queria pensar que ele estava morto. Deus não iria querer levá-lo tão cedo", escreveu Alden na biografia.
Ainda interfonou para a cozinha e solicitou ajuda de funcionários, incluindo o antigo companheiro de Forças Armadas, Joe Esposito, que correu para reanimá-lo, sem sucesso. A morte era confirmada na tarde de 16 de agosto de 1977, posteriormente atestada como uma parada cardíaca.