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Matérias / Coluna

Drama histórico: Sérgio, uma produção de dar orgulho

Disponível na Netflix e estrelada por Wagner Moura, a obra apresenta a trajetória de Sérgio Vieira de Mello, Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos

Alexandre Carvalho Publicado em 29/05/2020, às 13h00

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Sérgio Vieira de Mello e Wagner Moura em montagem - Divulgação
Sérgio Vieira de Mello e Wagner Moura em montagem - Divulgação

Nesta fase em que os principais editoriais do mundo apontam o nosso presidente como o pior governante no combate ao coronavírus; quando um secretário de Cultura discursa imitando Goebbels; quando emerge por aqui o obscurantismo de movimentos anticiência e antidemocracia... Como anda difícil levantar a autoestima do brasileiro...

Um alívio contra esses constantes golpes no nosso amor-próprio é assistir à cinebiografia do diplomata Sérgio Vieira de Mello, Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos. Estrelada por Wagner Moura, Sergio é uma produção americana, dirigida por um cineasta que já havia feito um documentário sobre o brasileiro, e baseada no livro Sergio: O Homem Que Queria Salvar o Mundo, de Samantha Power.

Sérgio Vieira de Mello / Crédito: Wikimedia Commons

Essa ex-embaixadora dos EUA na ONU foi figura-chave da administração Obama, e considerada, pela revista Forbes, uma das mulheres mais poderosas do planeta. Por que me alongo sobre as pessoas por trás do filme? Para reforçar o quanto Vieira de Mello foi admirado internacionalmente – era cotado, inclusive, para substituir Kofi Annan.

Sem medo dos ambientes mais arriscados, Sérgio atuou em ações de manutenção de paz, tendo sido o primeiro representante da ONU a estabelecer diálogo com o Khmer Vermelho, organização genocida do Camboja. Mas foi ao administrar a delicada transição do Timor-Leste – o primeiro Estado soberano do século 21 –, a partir da independência da Indonésia, que ele se tornaria uma estrela das Nações Unidas.

Sua fama de solucionar quebra-cabeças políticos levou ao convite para conter o barril de pólvora do Iraque pós-Saddam Hussein. Em Bagdá, mesmo seguindo uma linha de desvincular a ONU da ocupação americana – malvista pelos iraquianos –, o brasileiro morreu num ataque terrorista.

O filme de Greg Barker conta a trajetória desse homem extraordinário, intercalando suas conquistas na diplomacia com cenas e suas últimas horas, sob os escombros do prédio explodido pela Al-Qaeda. Também em primeiro plano está o bonito romance de Sérgio com a argentina Carolina Larriera (interpretada por Ana de Armas, de Blade Runner 2049).

Assistir a esse drama histórico é reencontrar, ainda que por duas horas, um representante do Brasil que foi símbolo internacional de eficiência, inteligência e bons modos. O oposto da imagem que o país projeta nestes tristes idos de 2020.


Alexandre Carvalho é jornalista e criou, em 2005, a revista de cinema Paisà. É autor dos livros Inveja – Como Ela Mudou A História Do Mundo (2015) e Freud – Para Entender De Uma Vez (2017)


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