Busca
Facebook Aventuras na HistóriaTwitter Aventuras na HistóriaInstagram Aventuras na HistóriaYoutube Aventuras na HistóriaTiktok Aventuras na HistóriaSpotify Aventuras na História
Matérias / Luma de Oliveira

A coleira com o nome de Eike Batista que escandalizou no carnaval de 98

Rainha de bateria que era casada com o bilionário chocou o Brasil com a escolha fashion

Redação Publicado em 18/02/2023, às 21h00

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Montagem mostrando Luma de Oliveira em 1998, e em foto recente - Divulgação/ Youtube e Divulgação/ Instagram/ Arquivo Pessoal
Montagem mostrando Luma de Oliveira em 1998, e em foto recente - Divulgação/ Youtube e Divulgação/ Instagram/ Arquivo Pessoal

Hoje aos 58 anos, Luma de Oliveira foi uma atriz, modelo e famosa rainha de bateria que brilhou à frente de diversas escolas de samba durante quase duas décadas de desfiles de Carnaval no Rio de Janeiro.

Embora em todos os anos a extrovertida carioca usasse as fantasias ousadas pelo qual o clima carnavalesco é conhecido, com cores vívidas, detalhes elaborados e também bastante pele à mostra, um dos adereços mais polêmicos da trajetória de Luma foi, curiosamente, uma gargantilha. 

Era o Carnaval de 1998, e a rainha de bateria de 34 anos, que àquele ponto era casada com o bilionário Eike Batista fazia seis anos, decidiu homenagear o parceiro com um detalhe de sua roupa. 

Fotografia de Luma, Eike e dois filhos / Crédito: Divulgação/ Instagram/ Arquivo Pessoal

Luma de Oliveira não tinha como prever, contudo, a polêmica nacional que gerou ao incluir uma "coleira" com o primeiro nome do marido quando foi às ruas para desfilar com a escola de samba Tradição. 

Controvérsias e empoderamento

Segundo relembrado pela Folha de São Paulo, a modelo foi fortemente criticada, em particular por integrantes do movimento feminista de então, por supostamente transmitir uma imagem de "mulher submissa" devido ao acessório com o nome de Eike que decidiu usar em volta do pescoço. 

Em uma entrevista de 2020 ao jornal O Globo, ela rebateu esse argumento do passado, caracterizando sua gargantilha personalizada como "libertadora": 

Era uma brincadeira. Não imaginava que ia mexer com os padrões de feministas. Aquela coleira era libertadora. Uma mulher submissa não estaria com um maiô sexy, de bota, sambando na frente de 300 ritmistas", comentou Luma na ocasião. 

A escolha fashion continua viva na memória coletiva brasileira até hoje, sendo repetida por diversas pessoas a cada novo Carnaval — e também no restante do ano. 

Inspiração

Em 2022, por exemplo, a atriz Laura Neiva, casada com Chay Suede, decidiu usar uma coleira muito semelhante, escura e com pedras brilhantes formando o nome "Chay", para comemorar o aniversário do marido. 

Ela divulgou o look através de uma publicação de seu Instagram, chamando atenção da própria ex-rainha de bateria, que aproveitou a situação para relembrar o episódio em suas redes sociais. 

A artista se divorciou de Eike Batista em 2004, e sambou pela última vez com as escolas do Rio em 2009, compondo então o desfile da Portela, mas mesmo com todas as mudanças de vida, as memórias que criou em fevereiro de 1998 ainda parecem possuir um lugar especial em seu coração. 

Desde 1998 inspirando pessoas a fazerem o que acham legal, sexy, oportuno, sem se importar com a opinião alheia. Isso não tem preço. Na época, fui muito julgada pelas feministas, mas não é difícil entender que a liberdade conquistada é exatamente para fazer o que você tem vontade, e não o que é imposto", comentou Luma na postagem de 2022. 

"Há mais de 20 anos, recebo fotos de mulheres, gays, enfim, todos os gêneros, de todo país, famosos ou anônimos, usando uma gargantilha preta com o nome próprio ou do parceiro (a). Adoro", acrescentou ainda, segundo repercutido pelo UOL.