Feito sob medida para um ídolo francês das pistas, o carro esportivo teve um destino cruel
Em 2009, uma curiosa averiguação pelo Lago Maggiore, que faz fronteira entre a Itália e Suíça, além de compor o triângulo que dá acesso à França, chamou atenção por um curioso item que saía da corrente d'água.
O que inicialmente parecia um monte de entulho enferrujado, na verdade, era um raríssimo Bugatti Type 22 Brescia Roadster, um modelo esportivo de carro produzido em 1925.
A descoberta não surpreendeu a comunidade local, que há décadas especulava que existia um veículo afundado no lago, chegando a ser um mito visitado por mergulhadores periodicamente.
A primeira confirmação surgiu em 1967, quando o mergulhador Ugo Pillon registrou o achado — mas sem a possibilidade de retirada, o esportivo permaneceu imerso até o início do século 21, como registrou o Vintage News.
Com trinta mergulhadores voluntários em um plano de retirada elaborado durante nove meses, o veículo finalmente estaria no solo — porém, era iniciada uma intensa investigação para desvendar o período em que ficou naufragado e, principalmente, qual seria o motivo do desaparecimento de seu dono e o motivo de sua entrada na água.
Com a identificação exata do modelo, as autoridades regionais puderam averiguar registros antigos de proprietários, visto que o número de modelos idênticos nos três países banhados pelo lago eram poucos.
Um deles chamou atenção pelo estado de irregularidade na França, justamente por estar no nome de um ídolo nacional; de acordo com o portal UOL, foi possível concluir que o carro pertencia ao piloto René Dreyfus, campeão em diversas modalidades nas décadas de 1920 e 1930.
A versão mais aceita de como o mestre da pilotagem conseguiu fazer a "barbeiragem" parte de seu vício em jogo; durante uma partida de poker, em 1934, ele teria apostado o veloz veículo com o suíço Adalbert Bodé, que teria vencido e levado o calhambeque.
Porém, ao retornar ao país natal, foi pego pela fiscalização. Como a importação ilegal foi constatada, teve o veículo apreendido. Sem reivindicar a liberação de altíssimo valor, o automóvel foi abandonado pelo novo dono.
Os oficiais decidiram então dar um fim no carro para desocupar um galpão, atirando-o contra o lago — e por lá, ele permaneceu durante 73 anos, deteriorado pela oxidação e correnteza.
No ano anterior a retirada do carro pelos mergulhadores, um caso local de violência chocou a população; um jovem chamado Damano Tamagni havia sido brutalmente assassinado por uma gangue enquanto curtia festividades no local.
No ano seguinte, uma fundação contra a violência juvenil foi fundada e contou com a ajuda do Bugatti antigo para auxiliar a instituição de caridade, como registrou o History Blog.
Através da casa de leilões Bonham, o carro foi colocado à venda em 2010, sendo arrematado por Peter Mullin, que desembolsou US$ 368,3 mil para ter o lendário carro do piloto.
O colecionador é dono de um museu na Califórnia, EUA, chamado Mullin Automotive Museum, onde o veículo está exposto em estado original, ou seja, sem interesse do comprador em restaurá-lo.
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