Conhecido após ser representado no filme A Lista de Schindler, o nazista liquidava guetos judeus e treinava seus cachorros para o assassinato de pessoas
Muito além de Hitler, foram principalmente seus subordinados os responsáveis pelos maiores horrores já vistos mundialmente. Cerca de seis milhões de judeus foram mortos durante a Segunda Guerra, entretanto, estima-se que o número seja muito maior — a realidade nos campos de concentração é quase inenarrável.
Um deles foi Amon Göth, membro da SS austríaca e comandante no campo de concentração Cracóvia-Płaszów em Płaszów, na Polônia. Acredita-se que ele tenha sido responsável pela morte de pelo menos 8.000 prisioneiros, e teria enviado outros 80.000 para serem assassinados nas câmaras de gás do campo de Auschwitz.
Göth ganhou destaque após ser representado por Ralph Fiennes no filme A Lista de Schindler, dirigido por Steven Spielberg (1993) e tinha como algumas de suas principais características chicotear faxineiras judias que trabalhavam para ele e atirar nos prisioneiros de Plaszow de sua sacada.
Além disso, ele foi responsável por praticamente liquidar o gueto de Tarnów, onde viviam pelo menos 25 mil judeus, quase metade da população que vivia na cidade ao começo da Segunda Guerra Mundial.
Depois do extermínio no local, sobreviveram poucas pessoas que foram imediatamente enviadas à Auschwitz. Ainda assim, foram apenas algumas que conseguiram chegar ao campo de concentração com vida, morrendo durante o trajeto.
O nazista foi julgado por seus crimes contra a humanidade, que incluíam "matar pessoalmente, mutilar e torturar um número substancial, embora não identificado, de pessoas", de acordo com a ata de sua audiência. Ele foi condenado por seus constantes extermínios pelo Supremo Tribunal Nacional da Polônia em Cracóvia.
Muitas foram as testemunhas que foram manifestar ao juiz o sofrimento que tiveram que passar pelas mãos do terrível comandante de Cracóvia-Płaszów. Segundo alguns dos sobreviventes, Göth atirou pessoalmente entre 30 e 90 mulheres e crianças judias.
“Como sobrevivente, posso lhe dizer que somos todos pessoas traumatizadas. Nunca, jamais, acreditaria que qualquer ser humano seria capaz de tanto horror, de tais atrocidades. Quando o vimos à distância, todos estavam escondidos, em latrinas, onde quer que pudessem se esconder. Não sei dizer como as pessoas o temiam”, explicou uma das vítimas, Helen Jonas-Rosenzweig.
Ele também foi descrito como um homem alto e imponente, que assassinava os prisioneiros em seu domínio diariamente, além de maltratar as duas mulheres que trabalhavam como empregadas no local, Helen Jonas-Rosenzweig e Helen Hirsch, que afirmaram temer por suas vidas todos os dias de trabalho. Além disso, ele possuía dois cachorros, que haviam sido treinados para assassinar pessoas.
Outros episódios que marcaram a trajetória sangrenta do comandante foram quando ele assassinou um cozinheiro judeu porque sua sopa estava muito quente e também quando assassinou presos da janela de seu escritório porque eles pareciam estar andando muito devagar.
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