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Matérias / Aaron Hernandez

American Sports Story: O que aconteceu com Aaron Hernandez?

Uma estrela da NFL em pouco tempo como profissional, Aaron Hernandez teve sua carreira interrompida após uma condenação de assassinato

Éric Moreira
por Éric Moreira

Publicado em 21/11/2024, às 20h00

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Aaron Hernandez: realidade e ficção - Getty Images / Reprodução/FX
Aaron Hernandez: realidade e ficção - Getty Images / Reprodução/FX

Nesta quarta-feira, 20, chegou ao Disney+a série 'American Sports Story: Aaron Hernandez'. Criada por Stuart Zicherman e produzida por Ryan Murphy, a produção se baseia em um crime que chocou os Estados Unidos na vida real.

A produção revive a história de Aaron Hernandez, um jogador promissor da NFL que, enquanto ainda vivia o auge de sua carreira, teve sua vida nos campos interrompida após ser condenado à prisão perpétua.

Com 10 episódios, a minissérie é estrelada por Josh Rivera como Aaron Hernandez, e também conta com Patrick Schwarzenegger como Tebow.

Confira a seguir mais detalhes sobre a história de Aaron Hernandez e o que aconteceu com ele:

Sucesso na NFL

Após se destacar no futebol americano na Universidade da Flórida, jogando ao lado do quarterback Tim Tebow e do técnico Urban Meyer, Aaron Hernandez foi selecionado na quarta rodada da seleção de jogadores novos pelo New England Patriots — embora elogiado por sua habilidade, muitos técnicos o evitaram devido a problemas anteriores de comportamento.

Jogando ao lado da estrela Tom Brady — considerado o maior jogador de futebol americano de todos os tempos —, não foi difícil para Hernandez se destacar. Com apenas dois anos em seu contrato de novato, já havia assinado uma extensão de mais cinco anos, avaliada em US$ 40 milhões. Com apenas 23 anos, ele jogou com os Patriots no Super Bowl de 2012.

Aaron Hernandez em 2012 / Crédito: Getty Images

Prisão

No entanto, tudo mudou em junho de 2013: ele foi preso em sua casa, em Attleboro, Massachusetts, acusado de cometer o assassinato em primeiro grau de Odin Lloyd. Além disso, ele também lidou com acusações adicionais de porte de arma e posse ilegal de arma de fogo — e no mesmo dia que foi preso, ele foi dispensado pelos Patriots.

Odin era um jogador semi-profissional de futebol americano, cujo corpo foi encontrado a menos de 1,6 km da casa de Hernandez. Levantando suspeitas, havia vestígios de seu DNA na cena do crime, ligando-o ao assassinato. Outro detalhe é que Lloyd estava em um relacionamento com Shaneah Jenkins, irmã da namorada de Hernandez, Shayanna.

Segundo informado pela CNN em 2013, Lloyd foi visto pela última vez às 2h30 de 17 de julho, saindo com Hernandez e outros dois amigos do astro da NFL, Carlos Ortiz e Ernest Wallace, em um Nissan Altima prata alugado. Seu corpo foi encontrado naquele mesmo dia por um homem que passava por um parque industrial, com ferimentos de bala. As motivações para o crime, entretanto, não foram esclarecidas.

Durante o julgamento de Hernandez, porém, a história mostrou ainda mais indícios de que o jogador poderia ter envolvimento em outros episódios controversos e criminosos. Surgiu a potencial conexão entre o esportista e um duplo homicídio ocorrido em julho de 2012.

Na ocasião, um homem chamado Alexander Bradley, um vendedor de drogas que conhecia Hernandez, alegou que o jogador atirou em seu rosto após uma discussão, pois, ele foi testemunha do momento em que Aaron disparou contra Daniel de Abreu e Safiro Furtado. No entanto, as acusações não foram admitidas como evidência no julgamento sobre o assassinato de Lloyd, devido à ausência de provas concretas.

Ainda assim, em abril de 2015, Hernandez foi condenado pela morte de Lloyd e sentenciado à prisão perpétua sem direito a liberdade condicional. Já o caso do duplo assassinato só foi levado a julgamento em março de 2017, e no dia 14 de abril daquele ano, ele foi absolvido das acusações.

Aaron Hernandez durante o julgamento / Crédito: Getty Images

Morte

Embora inocentado pelo segundo caso, Hernandez seguiu condenado à prisão perpétua por Lloyd. E, apenas cinco dias após ser absolvido, ele foi encontrado morto dentro de sua cela, enforcado com os lençóis de sua cama, no que foi classificado como suicídio. Ao seu lado, havia ainda três cartas: uma para sua esposa, uma para sua filha e outra para seu advogado.

Posteriormente, o cérebro de Aaron foi doado para ser estudado mais detalhadamente, e os resultados surpreenderam. Segundo o advogado de Hernandez, Jose Baez, ele apresentou um "caso grave" de encefalopatia traumática crônica (CTE), apontado como em estágio 3 pelo relatório do laboratório de pesquisa médica da Universidade de Boston, o Boston University CTE Center and Brain Bank — lembrando que a doença se categoriza em quatro graus.

O relatório pontua que o dano se deve principalmente à degeneração precoce de suas células cerebrais, além de grandes rupturas em seu septo pelúcido, provavelmente provocadas pelo esporte. Essa condição pode levar a pessoa a apresentar sintomas como agressividade, apatia, perda de memória, falta de consciência espacial e disfunção executiva, segundo a Variety.

Misturando fato e ficção, a história já pode ser conferida em 'American Sports Story', disponível no catálogo do Disney+.