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Notícias / Pinguins

Pecuarista mata mais de 100 pinguins e é condenado a 3 anos de prisão

Na Argentina, pecuarista foi considerado culpado pela morte de mais de 100 pinguins-de-magalhães em 2021; confira detalhes

Felipe Sales Gomes, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 21/11/2024, às 21h30

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Imagem ilustrativa de pinguins - Wikimedia Commons
Imagem ilustrativa de pinguins - Wikimedia Commons

Um pecuarista da Patagônia, na Argentina, foi condenado nesta quarta-feira, 20, a três anos de prisão por crueldade animal e danos ao meio ambiente. Ele foi considerado culpado pela morte de mais de 100 pinguins-de-magalhães em 2021. A informação é da AFP, via g1.

O crime ocorreu quando o homem abriu uma via rural com uma retroescavadeira nas proximidades da reserva de Punta Tombo, na província de Chubut, localizada a 1.400 km ao sul de Buenos Aires. A ação matou mais de uma centena de pinguins e destruiu, pelo menos, 175 ninhos.

Punta Tombo é um santuário natural protegido pela Unesco, que abriga uma das maiores colônias de pinguins-de-magalhães do mundo. Apesar das cláusulas, o pecuarista não cumprirá pena em regime fechado, já que o código penal argentino permite que réus primários com sentenças de até três anos tenham a suspensão de forma condicional.

Reações

A organização ambientalista Greenpeace, que participou como parte demandante no processo, celebrou a decisão judicial. A sentença também inclui "regras estritas de conduta" para o condenado, como a perda da concessão para operar veículos pesados ​​ou realizar obras na área sem autorização, além da apreensão da retroescavadeira utilizada no crime.

"Essa decisão não apenas estabelece uma especificação exemplar, mas também cria um precedente importante na proteção dos ecossistemas argentinos", destacou a organização, classificando o caso como "ecocídio".

A promotora María Florencia Gómez, que havia solicitado uma pena de quatro anos, afirmou que o réu agiu com "crueldade" e causou danos "irreversíveis" à fauna e flora locais.

Em sua defesa, o pecuarista admitiu que sua conduta "não foi correta", mas alegou ter agido por conta da "ausência do Estado por mais de 10 anos". Ele afirmou ao canal argentino TN que já havia solicitado formalmente a abertura de vias na região antes de tomar uma decisão unilateral.