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Notícias / Brasil

Quase 2 mil pinguins são encontrados sem vida em Florianópolis

Ao todo, 1970 pinguins-de-magalhães foram registrados por ONG em temporada de migração de 2024, mas apenas 126 foram resgatados com vida

Éric Moreira
por Éric Moreira

Publicado em 05/08/2024, às 10h36

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Fotografia de pinguins-de-magalhães - Foto por Rosy/Bad Homburg/Germany pelo Pixabay
Fotografia de pinguins-de-magalhães - Foto por Rosy/Bad Homburg/Germany pelo Pixabay

Segundo dados divulgados pela Associação R3 Animal, uma organização não governamental (ONG) que trabalha com o resgate, reabilitação e reintrodução de pinguins na natureza, até o último dia 30 de julho, 1.970 pinguins-de-magalhães foram registrados em Florianópolis, na temporada migratória de 2024 destes animais.

Destes, porém, apenas cerca de 126 foram resgatados com vida, tornando assim os números preocupantes para as autoridades. Segundo informações da ONG, os pinguins geralmente morrem na migração para as águas da costa brasileira, que são mais quentes, pois se perdem de seus bandos na viagem e, fragilizados, acabam não resistindo. Para comparação, no ano passado foram encontrados 2.028 pinguins nas praias de Florianópolis, dos quais apenas 121 estavam vivos.

Conforme repercutido pelo g1, o primeiro pinguim encontrado na região este ano foi registrado na Praia de Joaquina, em meados de abril. Em maio, ocorreram dois novos resgates, mas a partir de junho a migração se intensificou, e desde então centenas de pinguins foram encontrados sem vida.

Estes animais, antes de virem para o litoral brasileiros, estavam na região da Patagônia argentina, e sua migração ocorre principalmente em busca de alimentos em águas mais quentes. Porém, uma vez que chegam em seus objetivos, extremamente cansados e debilitados, muitas vezes os animais acabam morrendo.

É normal recebermos esse volume de pinguins juvenis, debilitados ou mortos. É o curso da natureza. Só a interação com a pesca que não é natural. Eles vão atrás do cardume que está sendo pescado, se enredam e acabam se afogando", explica o veterinário Sandro Sandri, do PMP-BS/R3 Animal, ao g1.

Embora o número seja pequeno, os animais que são resgatados com vida são logo encaminhados para o centro de reabilitação da ONG, onde passam por tratamentos veterinários até que, quando aptos, são reintroduzidos na natureza.

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O que fazer?

Caso você esteja andando pela praia e, inesperadamente, se depare com um pinguim, uma série de recomendações são passadas pelas autoridades responsávels sobre como proceder. Primeiro, é importante observar a atividade do pinguim: caso esteja nadando, o recomendável é não se aproximar, pois ele ainda sequer pode ser resgatado.

Porém, caso o pinguim esteja na areia e sem nadar, ele não deve ser forçado a retornar para a água, pois certamente já está esgotado. Muitas pessoas chegam a pensar que os animais devem ser deixados em contato com gelo, mas isso é contraindicado, pois, em animais debilitados, isso pode causar hipotermia.

Também não é indicado que se tente alimentar o pinguim, e nem que ele entre em contato próximo com outros animais domésticos. E caso seja estritamente necessário transferi-lo a um local com menos risco, é importante deixá-lo em um local seco e aquecido, como em uma caixa de papelão. Já para entrar em contato, é sempre importante a utilização de luvas de látex, máscaras faciais e higienização rapidamente, logo em seguida.

Em caso de mais dúvidas, ou caso qualquer animal marinho seja encontrado em uma praia, vivo ou morto, entre em contato com o PMP-BS: 0800 642 3341.