O jovem faleceu aos 20 anos de idade, durante a catastrófica jornada que terminou em canibalismo
No ano de 1845, aconteceu a fracassada expedição final do explorador Sir John Franklin. Dois navios chamados HMS Terror e o HMS Erebus, com 134 tripulantes, a procura da Passagem Noroeste iniciaram uma trágica viagem: a jornada resultou em um naufrágio de ambas as embarcações, com diversos mistérios sobre o paradeiro dos tripulantes e em relação a o que poderia ter causado a tragédia.
De acordo com a teoria mais aceita pelos especialistas, os navios podem ter ficado presos no gelo, em um lugar chamado Estreito de Victoria, no Oceano Ártico, que fica no norte do Canadá, entre as ilhas Victoria e King William.
Em 1854, um explorador escocês chamado John Rae conheceu alguns moradores inuítes, membros da nação indígena esquimó, de Pelly Bay, que tinham alguns pertences de membros da tripulação de John Franklin, e contaram ao explorador sobre terem visto alguns ossos humanos partidos ao meio, espalhados pela região.
O fato fez com que novos rumores surgissem, dizendo que, como uma desesperada tentativa de sobrevivência, os homens teriam recorrido ao canibalismo para não morrerem de fome. Alguns dos ossos encontrados na Ilha King William entre as décadas de 1980 e 1990, continham marcas de facas em sua extensão, confirmando a teoria.
Entretanto, o que mais surpreendeu os pesquisadores foi a descoberta de um cadáver altamente preservado de um dos tripulantes da expedição, pelo antropólogo Owen Beattie. Eram os restos de John Torrington que, de acordo com a placa presente na tampa de seu caixão, morreu aos 20 anos em 1º de janeiro de 1846.
Beattie encontrou os restos na ilha de Beechey, e os exumou 140 anos após a morte, em 17 de agosto de 1984, para a realização de pesquisas no corpo, que estava enterrado no gelo a 1,5 metros de profundidade. Ao desenterrá-lo, ficaram surpresos com o estado de conservação de John.
Ele estava vestindo uma camisa de algodão cinza, uma calça de linho, além de ter seus membros amarrados também com tiras de linho. Seus olhos estavam abertos, revelando um belo par de íris azuis, e Torrington teria sido barbeado antes de seu enterro.
Para que as pesquisas fossem feitas, o corpo foi descongelado com água, para que não causassem danos ao corpo. A autópsia revelou que não existiam sinais de feridas, traumas ou cicatrizes no corpo, mas que John estaria muito doente antes de sua morte, já que estava pesando apenas 38kg.
As amostras dos tecidos mostraram que existiam grandes níveis de chumbo em seu corpo, sendo identificados principalmente em seu cabelo e nas unhas, que teriam causado graves problemas pulmonares, incluindo pneumonia, causando a morte do jovem explorador.
Uma análise feita em seu cérebro revelou que, momentos após seu falecimento, o corpo teria sido mantido em algum lugar aquecido, possivelmente pelos tripulantes sobreviventes, para que fosse feito um sepultamento digno ao colega de expedição.
Após a realização de todas as pesquisas nos corpos de Torrignton e outros dois homens que estavam enterrados junto, chamados de John Hartnell e William Braine, os três foram devolvidos ao mesmo local que foram encontrados, onde permanecem sepultados até os dias de hoje.
+Saiba mais sobre expedições através de importantes obras:
Vale lembrar que os preços e a quantidade disponível dos produtos condizem com os da data da publicação deste post. Além disso, a Aventuras na História pode ganhar uma parcela das vendas ou outro tipo de compensação pelos links nesta página.
Aproveite Frete GRÁTIS, rápido e ilimitado com Amazon Prime: https://amzn.to/2w5nJJp
Amazon Music Unlimited – Experimente 30 dias grátis: https://amzn.to/2yiDA7W