Gay e poligâmico, ele foi condenado a 20 anos de prisão por tráfico de animais e por mandar matar sua rival, Carole Baskin
Quem assiste ao documentário "A Máfia dos Tigres", nova estreia da netflix, se depara nas telas com a insólita história do dono de zoológico Joe exotic, um excêntrico empresário gay, polígamo, proprietário de uma coleção de armas, e fascinado pela fama.
A série documental aborda os bastidores da máfia de tigres e animais selvagens nos Estados Unidos, com foco na fazenda de Joe exotic, onde ele cria mais de 1,2 animais selvagens. Os bichos são treinados para que possam ficar próximos ao público, que se diverte tirando fotos de tigres, jacarés e ursos.
Por outro lado, a atividade é criticada pela ativista de direitos dos animais Carole Baskin, que gasta milhões de dólares do marido desaparecido para acabar com o zoológico de Joe Exotic.
Em resposta, o proprietário do zoológico tenta provar que ela está sendo hipócrita, pois Carole também mantém o refúgio Big Cat Rescue, onde bichos ficam presos e voluntários são explorados. Joe começa a orquestrar um plano para matá-la. Embora digno de um roteiro de Hollyood, os relatos são, no mínimo, perturbadores.
Mas quem será que foi esse homem na vida real e o que o levou a esse ponto?
O início de tudo
Joe Exotic é Joseph Allen Schreibvogel e nasceu em 5 de março de 1953, em Garden City, no estado norte-americano do Kansas. Quando criança, ele amava animais e já era membro do clube Organização Agrícola para a Juventude, dos EUA.
O menino tinha dois irmãos e duas irmãs, e seus pais alemães o tratavam especialmente friamente, como se a criança fosse nada além de mão de obra para eles. Sua infância foi ainda mais conturbada pelo fato de aos 5 anos de idade ter sido estuprado várias vezes por um garoto mais velho. Em meio ao sofrimento, Joe decidiu então se dedicar aos animais e sonhava em ser veterinário.
Na década de 1990, ele adquiriu uma fazenda no estado do Oklahoma, logo após a morte de seu irmão Garold, que amava animais e morreu fatalmente em um acidente de carro.
Em memória do irmão falecido, Joe tornou um enorme terreno em um zoológico com criaturas selvagens e o batizou de Garold Wayne Exotic Animal Memorial Park. Durante 20 anos, o homem ficou conhecido como Joe Exotic. Assim, passou a transmitir online um reality show que apresentava o seu zoológico.
Além disso, Joe participava de apresentações em feiras e shoppings, onde pessoas podiam acariciar enormes felinos em uma exposição itinerante do seu zoológico. No entanto, em 2006, o empreendimento do proprietário foi acusado de inúmeras violações contra os direitos dos animais, pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos.
Um homem polêmico
Joe Exotic era um mestre quando se tratava de se auto-promover. Apaixonado pela fama e impulsionando seu programa online, ele se candidatou ao cargo de presidente dos Estados Unidos em 2016. Sem apoio, acabou perdendo as eleições.
Depois do fracasso na disputa presidencial, Joe tentou se eleger governador do Oklahoma, mas também não conseguiu, embora tenha alcançado 18,7% dos votos em 2018 nas eleições primárias (664 votos).
Após se candidatar, mudou seu sobrenome, que era Schreibvogel, para outro sobrenome - Maldonado. Esse último era o nome do seu então terceiro marido, Travis Maldonado.
Enquanto era casado com Travis, o polígamo ao mesmo tempo também era marido de John Finley. Para casar com dois homens, Joe Exotic participou de um casamento triplo, em 2014. Eventualmente se separou de Finley e alterou o seu sobrenome para Passage, em homenagem a outro homem com quem se relacionou. Mas a vida de Joe ainda apresentaria episódios ainda mais escandalosos.
Surge a inimiga
A ativista Carole Baskin era a maior crítica de Joe Exotic. Em 2013, ela venceu um processo civil de $1 milhão de dólares contra o homem. Como consequência, em novembro de 2017, ele teria contratado um assassino de aluguel para exterminar a inimiga.
A procura pelo assassino ideal para matar a ativista demorou um ano. Joe Exotic teria se encontrado até com um agente do FBI à paisana para negociar o crime. O homem contratado ganharia $3 mil dólares para viajar de Oklahoma até a Flórida, onde mataria Baskin. Depois que o serviço estivesse concluído, o assassino ainda teria recebido mais alguns milhares de dólares.
Em janeiro de 2020, Joe Exotic foi condenado não só pelo homicídio de Carole Baskin, como também por falsificar formulários interestaduais de venda de animais; matar 5 tigres em outubro de 2017 e ainda ter vendido filhotes de tigre no comércio entre estados.
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