Familiares continuam apelando e pedindo por novas investigações sobre o voo da Malaysia Airlines que desapareceu
Eduardo Lima, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 07/03/2023, às 09h30 - Atualizado em 11/03/2023, às 13h21
Em 2014, o voo MH370 da Malaysia Airlines desapareceu no Oceano Índico. O Boeing 777-200ER carregava 239 pessoas, com 227 passageiros e 12 tripulantes. Agora, familiares dos desaparecidos que estavam no voo da companhia aérea estão pressionando o governo da Malásia para iniciar uma nova investigação junto de uma empresa norte-americana de exploração submarina.
Os familiares dos passageiros pedem ao governo malaio que seja permitida uma nova investigação, com o apoio de uma empresa especializada em exploração subaquática, a Ocean Infinity.
Como informado pelo jornal português Observador, a empresa norte-americana trabalha no caso há 12 meses e alcançou "progressos reais". A Ocean Infinity afirmou que só pretende ser paga se a investigação, que busca destroços do voo MH370, for bem sucedida.
Porém, para que a companhia seja paga, o governo da Malásia precisa aceitar a proposta da empresa norte-americana. Uma associação de familiares dos passageiros que estavam a bordo do voo MH370 no dia 8 de março de 2014, chamada Voice370, pressiona o governo.
O voo MH370 da Malaysia Airlines desapareceu misteriosamente enquanto viaja de Kuala Lumpur, capital da Malásia, para Pequim, capital da China. 38 minutos depois de decolar, a aeronave perdeu contato com a base da companhia aérea. Entre os 239 passageiros no avião, a maioria era de nacionalidade chinesa.
As teorias sobre o que pode ter acontecido com o avião são diversas. O jornalista e ex-piloto de avião profissional estadunidense William Langewiesche, por exemplo, publicou na revista The Atlantic que o piloto provavelmente levou a nave ao Oceano Índico e a jogou ao mar de maneira proposital.
Enquanto isso, um relatório publicado na Malásia em 2018 e uma equipe de investigadores na França em 2019 afirmam que houve alguém em controle da aeronave até o final, visto que uma mudança de rota foi manualmente programada. O relatório malaio não suspeita do piloto, chamado Zaharie Ahmad Shah, ou do primeiro oficial.
A França era o único país em 2019 que ainda conduzia um inquérito judicial sobre o desaparecimento do avião da Malaysia Airlines, afinal,quatro passageiros franceses estavam a bordo.
Ocean Infinity é uma empresa que visa trabalhar na identificação de destroços da tragédia do voo MH370, criando tecnologias robóticas de exploração subaquática. Essa companhia foi fundada em 2017, com duas frotas de veículos submarinos robóticos autônomos que podem operar em profundidades de até 6 mil metros.
A empresa já encontrou um submarino argentino desaparecido, o ARA San Juan, e o navio sul-coreano Stellar Daisy.
O voo MH370 desapareceu em 8 de março de 2014, nove anos atrás. Entre os passageiros desaparecidos estão 227 passageiros e 12 tripulantes, totalizando 239 pessoas a bordo do Boeing 777.