O casal que não recusava uma aventura se viu diante de um naufrágio que resultou em momentos desesperadores
O casal Maurice e Maralyn Bailey representava a típica dupla aventureira apaixonada por longos períodos em barcos, velejando pelo Oceano. Essa paixão, entretanto, levou a uma traumática e perigosa experiência.
O barco havia sido encomendado após a decisão de viver uma aventura que sairia da Inglaterra até a Oceania. Demorou quase quatro anos até que ficasse completamente pronto. Enquanto isso, os dois foram aprimorando os conhecimentos de navegação deles além de prepararem todo o equipamento necessário.
Em junho de 1972, os dois saíram de Southampton em direção a Espanha e depois iriam até as Ilhas Canárias. De lá eles se dirigiram até o Panamá, podendo atravessar o canal para alcançar finalmente o Oceano Pacífico.
A partir daí, começaram a surgir os problemas. Pouco depois de terem entrado nessa parte da aventura, o barco começou a chacoalhar violentamente. Assim, os dois se dirigiram para fora da embarcação com o objetivo de ver o que estava acontecendo. Tratava-se de uma baleia, o majestoso animal balançou a sua cauda e atingiu em cheio o casco do navio.
Um buraco considerável foi feito no barco apelidado de Auralyn. Como consequência, a embarcação fora afundando lentamente. Por mais que tivessem tentado tapar o buraco visível no casco, outras entradas possibilitaram a passagem da água, que entrava com toda força possível. A única solução era abandonar o navio o mais rápido possível.
À deriva
Os dois juntaram o maior número de objetos pessoais possíveis para colocar no bote salva-vidas que seria a única opção possível para o casal. Água engarrafa, comida enlatada e suprimentos médicos foram recolhidos. A dupla observava o Auralyn desaparecer lentamente da superfície enquanto entrava em pânico no pequeno bote.
Logo perceberam que a comida duraria, no máximo, 20 dias. Enquanto os dias passavam lentamente, perceberam que teriam que encontrar novas fontes de energia. A necessidade fez com que pegassem com as próprias mãos a primeira refeição que não estava numa lata. Era uma tartaruga.
O sextante foi o método encontrado por Maurice para se localizar no oceano. Enquanto observava o infinito, chegou à conclusão que a correnteza levaria a dupla para a direção oposta de Galápagos, o local para o qual seria mais fácil chegar naquele momento. Como consequência, passaram a remar.
Entretanto, não foi uma ideia nada sensata. Na verdade, todo o esforço foi em vão: depois de três dias e três noites eles perceberam que não tinham nem sequer saído do lugar. Sem forças para buscar outra rota, o casal se viu sem saída.
Reforço
O trajeto que estavam utilizando não era incomum, sendo muito utilizado por fragatas comerciais. Foi assim que avistaram o primeiro navio. Extasiados e em alegria, todo o cansaço desapareceu. Sem nem pensar duas vezes ativaram o sinalizador, mas foram ignorados pela tripulação da embarcação — a maior parte das atividades de uma tripulação ocorrem dentro do navio, tendo pouco tempo para observar o oceano em volta.
Eles encontraram outras seis embarcações, entretanto, nenhuma foi capaz de responder aos pedidos de socorro. Com o passar do tempo, um pequeno ecossistema começou a ser montado ao redor do barco. Os animais passaram a se tornar o alimento do casal, principalmente as aves que se aproximavam com menos medo do que os animais aquáticos.
Os dias passavam cada vez mais devagar, e as atividades que realizavam, como jogos de cartas e leituras não conseguiam mais enganar a falta de comida e a desidratação. Esse foi o tempo que demorou do momento que os Baileys ficaram à deriva até que fossem encontrados por um barco de pesca sul coreano, em junho de 1973. Os pescadores localizaram o bote e se aproximaram do casal. Maurice e Maralyn estavam 18 quilos mais magros e com as pernas fracas.
Os dois foram resgatados e levados até o Havaí. No estado americano receberam tratamento médico, até ser possível levar os dois novamente para a Inglaterra. No ano seguinte, em 1974, os dois já estavam velejando de novo.
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