Foram identificados restos do santuário e um altar onde teriam sido realizados rituais no passado da região
Arqueólogos desenterraram os restos de um templo de pedra que remonta há 8 mil anos nas proximidades do Monte Tuwaiq, situado a leste da antiga cidade de Al-Faw, na Arábia Saudita.
A descoberta foi anunciada pela Comissão do Patrimônio do país por meio de um comunicado divulgado à imprensa no último dia 26 de julho, relatando a experiência da equipe internacional.
Em meio às escavações, foram descobertos os restos do santuário, parte de um altar, mais de 2,8 mil sepulturas datando de diferentes períodos históricos e inúmeras inscrições devocionais.
Segundo destacou a revista Galileu, o local teria sido usado pelos moradores da cidade para a realização de rituais e cerimônias. Uma das inscrições foi escrita por uma pessoa chamada Wahb Allat, da família de Malha e estava endereçada ao deus Kahal, divindade de Al-Faw, referida como “cidade de Guerra” no texto.
Após a descoberta, os pesquisadores sugeriram que o texto pode indicar como havia uma relação entre a cidade e Al-Jarha, outra região próxima também voltada ao comércio. Uma segunda hipótese é de que havia tolerância religiosa entre as populações.
Durante o projeto, que envolveu fotografia aérea de alta qualidade, drones, levantamento topográfico, sensoriamento remoto e radar de penetração no solo, também foi possível identificar um sistema de irrigação complexo que incluía canais, cisternas e centenas de poços.
Ainda foram encontradas inscrições esculpidas na face do Monte Tuwaiq, onde os especialistas notaram a presença de artes rupestres que contavam a história de um homem chamado Madhekar Bin Muneim, assim como cenas de batalha, caça e viagens.
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