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Notícias / Wilhelmina Lancaster

Wilhelmina Lancaster: Análise de corpo intacto de freira chama atenção nos EUA

Corpo aparentemente intacto da freira Wilhelmina Lancaster, falecida em 2019, chama atenção nos Estados Unidos em análise

por Thiago Lincolins
[email protected]

Publicado em 26/08/2024, às 16h51

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A freira Wilhelmina Lancaster - Arquivo pessoal
A freira Wilhelmina Lancaster - Arquivo pessoal

Nos Estados Unidos, o corpo da freira Wilhelmina Lancastervoltou a chamar atenção de fiéis. O cadáver da religiosa, que faleceu em 2019, foi descoberto em curioso estado de preservação no ano passado, quando passou por exumação no mês de abril. 

Seu corpo, que não foi embalsamado, foi analisado por especialistas, que não conseguiram determinar o que resultou no atraso da decomposição do cadáver, anunciou o bispo da Diocese de Kansas City-St. Joseph no último dia 22. 

"Dentro dos limites do que foi observado durante esse período, o corpo da Irmã Wilhelmina Lancaster não parece ter sofrido a decomposição que normalmente seria esperada sob tais condições de sepultamento anteriores", anunciou o bispo James V. Johnston através de uma declaração publicada no site. 

Corpo intacto

Na época, conforme repercutido pela Fox News, o corpo de Lancaster não foi embalsamado e acabou sepultado num caixão de madeira sem lacre. Quando foi encontrado intacto, a notícia chamou atenção ao redor do mundo. 

Através do comunicado, o bispo falou que contratou uma equipe de especialistas para examinar e avaliar o cadáver da freira. De acordo com ele, a equipe contou com um "médico patologista, que era auxiliado por outros dois médicos e um ex-legista do condado de Missouri". 

Além do corpo da freira, os profissionais também examinaram o caixão e fizeram entrevistas com testemunhas que presenciaram os restos mortais antes do enterro, em 2019, e exumação, em 2024. 

"No relatório final, a equipe investigativa observou que a condição do corpo da Irmã Wilhelmina durante o exame era notável pela ausência de quaisquer características detectadas de decomposição", alegou Johnston. 

Caso atípico 

Para eles, a condição do corpo da religiosa é "altamente atípica" diante do "intervalo de quase quatro anos desde sua morte, especialmente dadas as condições ambientais e as descobertas em objetos associados", informa o comunicado. 

"O relatório também observou que o histórico relacionado à morte e ao sepultamento da Irmã Wilhelmina não descreve condições que seriam esperadas para proteger contra a decomposição", explicou ele. Além disso, também não foram identificados elementos "incomuns" no solo que pudessem atrasar o processo de decomposição. 

Embora muitos também tenham teorizado que o corpo de Wilhelmina seria "incorrupto", o bispo enfatizou que não existe um protocolo oficial da Igreja Católica que determina um corpo nestas condições. 

"A incorruptibilidade não é considerada uma indicação de santidade. Não há nenhum plano atual para iniciar uma causa de santidade para a Irmã Wilhelmina". 

Teoria

No ano passado, quando a novidade a respeito da freira viralizou em diferentes países, a antropóloga forense Rebecca George, que já analisou 100 corpos em processo de decomposição, opinou a respeito dos restos mortais impressionantes de Wilhelmina. 

Ao DailyMail, a profissional explicou que a ausência de umidade e oxigênio no caixão, somado ao solo argiloso em temperatura baixa, pode mumificar um corpo, assim atrasando a decomposição. 

"Normalmente, quando um corpo é colocado em um caixão com roupas, assim como vemos nas fotos da freira, você está cortando muito oxigênio. Ela também foi enterrada em solo argiloso, o que mantém a temperatura baixa. Isso não impede a decomposição, mas a retarda, e é isso que estamos vendo aqui", disse ela ao veículo. "O caixão de madeira, que teria retirado a umidade do corpo - com certeza".