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Notícias / Espaço

Voluntários recebem cerca de R$100 mil para ficarem dois meses deitados

Estudo da agência espacial europeia visa decifrar as consequências que o corpo humano sofre fora da Terra; entenda!

Fabio Previdelli
por Fabio Previdelli
[email protected]

Publicado em 19/06/2023, às 10h53

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Voluntário deitado em cama - Reprodução/Vídeo
Voluntário deitado em cama - Reprodução/Vídeo

Na França, doze homens voluntários aceitaram um desafio para ajudar a decifrar as consequências que o corpo humano sofre fora da Terra. Para isso, eles estão passando dois meses deitados em uma cama.

Cada voluntário receberá 18 mil euros (cerca de R$100 mil) e estão sendo submetidos a uma série de experimentos. O objetivo da agência espacial europeia é compreender qual impacto o ciclismo, fora da Terra, causa no corpo.

O experimento

Durante todos esses 60 dias, os voluntários não poderão deixar suas camas em hipótese alguma. Em momentos específicos, como durante suas refeições, por exemplo, eles podem se inclinar um pouco — apenas deixando um dos ombros apoiados.

Voluntários se alimentando/ Crédito: Reprodução/Video

O lugar de descanso desses voluntários, aliás, tem uma característica peculiar. Conforme mostrado em reportagem pelo Fantástico, cada cama está inclinada em seis graus para baixo, para induzir que mais fluídos vão para a parte superior do corpo. Como acontece no espaço, com a microgravidade.

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Além do mais, eles possuem rotinas padronizadas: são acordados, todos os dias, na mesma hora; recebem as refeições no mesmo horário; e, durante o dia, participam de alguns experimentos.

Divididos em três grupos, o primeiro não exerce nenhum tipo de atividade; o segundo precisa pedalar cerca de 30 minutos diariamente; o último precisa pedalar enquanto gira em uma centrífuga. Todas as atividades são feitas enquanto eles estão deitados.

A partir de estudos anteriores, sabemos que há impacto nos ossos, na força muscular. O coração é impactado até certo ponto", explica a pesquisadora Angelique Van Ombergen, responsável pelo estudo.

Os doze voluntários estão sendo acompanhados diariamente por equipes médicas e psicólogos. A previsão é que os experimentos desta fase acabem em julho — sendo que um estudo parecido deverá ser feito já no próximo ano.