Escavação revelou áreas para rituais de banho e artefatos como cachimbo e lâmpada a óleo
Uma vila de 2 mil anos foi descoberta por arqueólogos da Universidade Hebraica de Jerusalém durante escavações realizadas ao lado do Muro das Lamentações, no Bairro Judeu da histórica Cidade Velha de Jerusalém, em Israel.
Os pesquisadores desenterraram estruturas e artefatos que representam, ao menos, cinco fases diferentes da história de Jerusalém, incluindo uma mikvá, área de banho usada para rituais no judaísmo e objetos como um cachimbo otomano e uma lâmpada a óleo islâmica.
O arqueólogo Oren Gutfeld explicou que o fato de o local de banho ter sido encontrado perto do Monte do Templo é extremamente relevante, além de provavelmente ter servido somente para pessoas muito ricas, o que pode ser notado pelos afrescos e mosaicos.
Estava a cerca de 100 metros do templo — deve ter sido um dos melhores locais para imóveis em Jerusalém”, afirmou ao portal Live Science.
De acordo com o pesquisador, essas áreas ritualísticas eram proibidas pela lei judaica de serem enchidas por água coletada naturalmente — deveriam ser preenchidas somente de modo natural, com a chuva ou líquido que fluísse de outra fonte.
Também foram identificados tubos otomanos construídos em um aqueduto que remonta há 2 mil anos que abastecia a antiga cidade com a água de nascentes próximas a Belém, situada a mais de 10 km de distância.
Uma piscina também foi construída pelos romanos acima de um forno de tijolos, que pode ter servido para assar pães. Os objetos encontrados estavam inscritos com as iniciais “LXF”, de Legio X Fretensis, ou 10ª legião, ou seja, o exército romano que destruiu e ocupou Jerusalém há 2 mil anos.
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