Diagnosticada com parassonia, mulher inglesa acumula dívidas ao fazer compras enquanto dorme; para ela, situação é 'frustrante'
A inglesa Kelly Knipes chama atenção internacional após divulgar um caso inusitado. Ela, que tem 42 anos, encara dívidas avaliadas em aproximadamente R$ 20 mil por fazer compras enquanto dormia.
Knipes foi diagnosticada com parassonia. Se trata de um distúrbio responsável por comportamentos indesejáveis durante o sono, o que também envolve sonambulismo.
Lidando com o distúrbio, Kelly já fez compras de livros, pimenteiros, latas de tinta, geladeiras, balas, brinquedo e até mesmo mesas.
Ao South West News Service, a mulher explica que os dados do cartão estavam registrados no celular, possibilitando as compras durante a noite.
"Eu estava acumulando dívidas em todos os lugares. Na verdade, eu nunca tive que inserir detalhes de cartão de crédito quando comprei coisas online, porque tudo estava salvo no meu telefone", disse ela. "É realmente incômodo e frustrante ir para a cama pensando: 'Não sei onde isso vai dar'".
A condição enfrentada pela inglesa a tornou alvo de golpistas. Durante o sono, ela chegou a passar seus dados pessoais para farsantes através de mensagens de texto.
"Dei a eles todos os meus dados e, quando acordei, eles retiraram US$ 317 da minha conta bancária", desabafou ela. "Eu não teria respondido se estivesse acordada".
O distúrbio já representou riscos maiores para Kelly, como uma overdose de medicamentos para diabete. "Pode ser muito angustiante", afirmou ela. "Todos acham engraçado, mas não é. Algumas partes são, mas outras são bem sérias".
A situação se agrava, pois, Knipes é mãe de três filhos que têm deficiência, o que inclui surdez e epilepsia. Como consequência, ela evita medicamentos para dormir: precisa se atentar caso ocorram problemas com os filhos durante a noite.
Com o cenário indesejado, ela tenta combater o distúrbio com um equipamento de pressão positiva contínua nas vias aéreas (CPAP), capaz de deixá-las abertas enquanto dorme. Apesar da ajuda inicial, suas mandíbulas travam com o uso do dispositivo. Involuntariamente, ela remove o equipamento, atrapalhando o procedimento.