Busca
Facebook Aventuras na HistóriaTwitter Aventuras na HistóriaInstagram Aventuras na HistóriaYoutube Aventuras na HistóriaTiktok Aventuras na HistóriaSpotify Aventuras na História
Notícias / Brasil

Usando genes da família, casal gay tem gêmeos no DF

O processo envolveu material genético de familiares dos pais Gustavo e Robert, além da barriga solidária Lorenna

Pedro Paulo Furlan, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 24/02/2022, às 16h41

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Os pais, Gustavo e Robert, e a barriga solidária, Lorenna, antes do parto - Divulgação / Arquivo Pessoal
Os pais, Gustavo e Robert, e a barriga solidária, Lorenna, antes do parto - Divulgação / Arquivo Pessoal

O casal Gustavo Catunda e Robert Rosselló, engenheiros que se conheceram na faculdade, foram agraciados com o nascimento dos gêmeos, Marc e Maya na tarde da última quarta-feira, 23. Os bebês são um marco genético por serem os primeiros a nascerem após a permissão do uso de óvulos de parentes de até quarto grau.

Anteriormente, os pais que gostariam de ter um bebê através de inseminação artificial só podiam ter doadores anônimos, no entanto, após a nova resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), os gêmeos se tornaram um sonho possível. Com isso, os bebês são, nas palavras do próprio Robert, “uma misturinha de nós dois”.

A gestação se deu através de Lorenna Resende, a barriga solidária e prima de Gustavo, e seu parto foi assistido por uma doula, como a mesma relatou nas redes sociais quando entrou em trabalho de parto, na terça, 22. De acordo com a cobertura do portal de notícias Correio Braziliense, Resende estava feliz.

“Aguardando a internação, os meninos estão super nervosos. Estou aqui com a minha doula, passamos uma madrugada inteira de muita dor. Gente, não se enganem, tá, eu sinto dor, mas eu finjo estar bem e me comporto direitinho. Enfim, estamos aqui, em breve esse barrigão não me pertencerá mais”, expressou.

O parto aconteceu no Hospital Santa Helena. Maya veio primeiro, com 2,3kg, e Marc só dois minutos depois, com o mesmo peso. 

O nascimento contou com o sêmen de Robert e o óvulo da irmã de Gustavo, que, segundo os pais, é muito parecida com ele. Quando tentaram fazer isso em 2015, não foi possível pela regra anterior, mas, agora com essa mudança, seu sonho se realizou. 

Um dos responsáveis pelo parto dos gêmeos Marc e Maya, Nicolas Cayres, ginecologista especialista em reprodução, comemorou o nascimento e a paternidade de Gustavo e Robert, ressaltando a importância histórica de tudo isso.

Sem dúvidas um marco na história da reprodução assistida no Brasil e uma vitória também para a comunidade LGBTQIA+. Hoje eu termino meu dia dizendo que eu estou realizado”, apontou.