Com obras das décadas de 1940 a 1960, a exposição conta com rascunhos, ensaios e relatos da artista que marcou o modernismo brasileiro
Felipe Sales Gomes, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 28/10/2024, às 16h33
Paris recebe, neste mês, a maior exposição dedicada a Tarsila do Amaral no continente europeu. Com 150 obras e curadoria de Cecilia Braschi, a mostra estará em exibição até 2 de fevereiro no Musée du Luxembourg, celebrando a brasilidade e a ousadia vanguardista da pintora paulistana. A informação é do 'O Globo'.
A exposição inclui obras inéditas dos anos 1940 a 1960, além de arquivos pessoais de Tarsila, como rascunhos, anotações e um álbum de viagens, permitindo ao visitante uma imersão no espírito aventureiro da artista.
Filha de fazendeiros e nascida em 1886 em Capivari, interior de São Paulo, Tarsila cresceu em um ambiente rico em cultura, com fortes referências europeias.
Sua relação com Paris começou na década de 1920, quando se mudou para a capital francesa com seu parceiro da época, o escritor Oswald de Andrade.
Juntos, eles se inseriram no cenário artístico parisiense, interagindo com figuras influentes como Fernand Léger, Picasso, Stravinsky e Brancusi.
Em entrevista ao Globo, Tarsilinha, neta da artista, comenta sobre suas diversas influências:
Tarsila tinha muito orgulho de seu país. Ela trazia cachaça do Brasil e promovia festas em seu ateliê, servindo feijoada e caipirinha. Ao mesmo tempo, ela também se inspirava muito em Paul Poiret; ambos compartilhavam um exotismo com o qual ela se identificava. Esse estilo único acabou se tornando uma de suas marcas registradas"
O programa "Fantástico", da TV Globo, estreou neste domingo, 13, o quadro "A Parte que me Cabe", que examina disputas familiares por heranças de figuras públicas. O primeiro caso abordado foi o conflito entre os herdeiros da pintora Tarsila do Amaral, uma das maiores artistas do Brasil. Tarsila faleceu em 1973, e, apesar de seu imenso sucesso, deixou uma herança modesta.
Atualmente, a controvérsia gira em torno do lucro gerado pela exploração de suas obras, como vendas de quadros. Um exemplo recente é a venda de "A Lua", que foi arrematado por 20 milhões de dólares em 2019, catalisando as desavenças familiares.
Leia a matéria completa: Herdeiros de Tarsila do Amaral travam disputa judicial por lucro das obras
