Obra na BR-050, em Uberaba, revelou novos fósseis que possivelmente pertenciam a um dinossauro — e análises sugerem que trata-se de um Titanossauro
Felipe Sales Gomes, sob supervisão de Giovanna Gomes Publicado em 27/03/2025, às 18h30
Uma obra na BR-050, em Uberaba, revelou novos fósseis que possivelmente pertenciam a um dinossauro. Em relato ao jornal O Tempo, a Ecovias Minas Goiás, concessionária responsável pelo trecho e pelas obras de recuperação de talude, afirmou que a descoberta ocorreu no km 168 da rodovia.
Curiosamente, essa nova localização fica no sentido oposto ao local onde, em 2023, a concessionária encontrou 22 blocos fósseis durante outra intervenção viária.
O novo fóssil tem 60 centímetros e estava incrustado na rocha a quatro metros da base da rodovia, próximo a outros quatro fragmentos fósseis, que serão encaminhados para um museu da região.
As análises iniciais dos paleontólogos contratados pela concessionária sugerem que o material pode ter pertencido a um Titanossauro.
Após a remoção da rocha, os fósseis serão enviados para a Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), onde serão submetidos a estudos mais detalhados para a identificação da espécie.
A concessionária destacou ao jornal O Tempo que a descoberta foi possível graças ao seu compromisso com a preservação do patrimônio histórico e cultural das cidades onde atua.
Em 2021, a empresa encomendou um levantamento das principais áreas de potencial fossilífero ao longo dos 436,6 quilômetros concedidos da BR-050, entre Delta (MG) e Cristalina (GO).
Com base nesse estudo, passou a contratar equipes de paleontólogos para monitorar todas as obras realizadas em áreas consideradas de alto potencial para descobertas, como Uberaba.
“Como concessionária de rodovia, temos a missão de contribuir para o desenvolvimento dos municípios do nosso trecho, sempre com foco na sustentabilidade. Por isso, estabelecemos parcerias que vão além do investimento em infraestrutura rodoviária. Além de preservar o patrimônio histórico da região, também colaboramos para o avanço cultural e científico das cidades e instituições”, afirmou ao Tempo Daniela Almeida, coordenadora de Sustentabilidade da Ecovias Minas Goiás.
