Intensificação dos bombardeios russos aumenta drasticamente as vítimas civis, enquanto Ucrânia avança em incursões no território russo
O mês de julho de 2024 foi marcado por uma trágica escalada no número de vítimas civis na Ucrânia, tornando-se o período mais mortal desde outubro de 2022, conforme relatado pela Missão de Monitoramento dos Direitos Humanos da ONU na Ucrânia (HRMMU). A intensificação dos bombardeios russos tem causado um aumento alarmante nas baixas civis, com a ONU alertando para uma tendência crescente desde março deste ano.
O preocupante balanço de julho foi divulgado em meio a um momento de mudança significativa na estratégia militar ucraniana. Pela primeira vez desde o início do conflito, a Ucrânia realizou uma incursão terrestre dentro das fronteiras da Rússia, forçando o Kremlin a declarar emergência federal e mobilizar reservistas em resposta ao avanço das tropas ucranianas.
Mykhailo Podolyak, conselheiro do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, elogiou a reação ocidental ao ataque, destacando que a resposta foi “calma, equilibrada e objetiva”. Essa operação militar, embora arriscada, foi vista por parte da comunidade internacional como um exercício legítimo de autodefesa, refletindo uma mudança na percepção global sobre o direito da Ucrânia de se proteger.
Segundo a CNN, o porta-voz das relações exteriores da União Europeia, Peter Stanno, reafirmou que a Ucrânia tem o direito legal de defender seu território, incluindo atacar o agressor dentro das fronteiras russas. Já o Departamento de Estado dos EUA, através de seu porta-voz Matthew Miller, ressaltou que a decisão sobre as táticas a serem empregadas cabe exclusivamente à Ucrânia.