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Indica / Coreia do Norte

Em relatório, ONU denuncia trabalhos forçados na Coreia do Norte

Documento denunciou "tratamento desumano" em sistema profundamente institucionalizado de trabalho forçado no país

Redação Publicado em 16/07/2024, às 09h58

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Kim Jong-un, o líder da Coreia do Norte - Getty Images
Kim Jong-un, o líder da Coreia do Norte - Getty Images

A ONU denunciou nesta terça-feira, 16, a existência de um sistema profundamente institucionalizado de trabalho forçado na Coreia do Norte, que pode, em alguns casos, constituir escravidão.

O Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos descreve, em relatório, como os norte-coreanos seriam "controlados e explorados por um vasto sistema de trabalho forçado em múltiplos níveis", segundo o portal O Globo.

"Os testemunhos contidos neste relatório oferecem uma visão impactante e angustiante dos sofrimentos infligidos pelo trabalho forçado, tanto pela sua magnitude quanto pelo nível de violência e tratamento desumano", disse o Alto Comissário Volker Türk no documento. De acordo com ele, muitas pessoas são regularmente espancadas, e as mulheres estão "constantemente expostas a riscos de violência sexual".

O relatório baseou-se em diversas fontes, incluindo 183 entrevistas realizadas entre 2015 e 2023 com vítimas e testemunhas que conseguiram fugir da Coreia do Norte. "Se não cumpríamos com a cota diária, nos espancavam e reduziam nossa ração de comida", relatou uma das vítimas.

Acusações antigas

As acusações, no entanto, não são novas. Um relatório histórico da ONU, publicado há dez anos, já havia documentado trabalho forçado, execuções, estupros, torturas, fome deliberada e a detenção de 120.000 pessoas em campos de prisioneiros.

O relatório atual foca em um sistema institucionalizado com seis tipos diferentes de trabalho forçado, incluindo detenção e serviço militar obrigatório de no mínimo 10 anos. Também há trabalhos obrigatórios designados pelo Estado e "Brigadas de choque" revolucionárias, onde cidadãos são obrigados a realizar "trabalho manual penoso", frequentemente na construção e agricultura.