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Notícias / Brasil

‘Round 6’ deixa diretor de escola no Paraná ‘horrorizado’; pais recebem alerta

Sucesso da série causou preocupações em Haroldo Andriguetto; entenda!

Fabio Previdelli Publicado em 12/10/2021, às 10h08

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Cena de 'Round 6' - Divulgação/ Netflix
Cena de 'Round 6' - Divulgação/ Netflix

A série sul-coreana ‘Round 6’ se tornou uma febre mundial, isso todos nós já sabemos. Entretanto, sua imensa popularidade vem causando sérios problemas em uma escola em São José dos Pinhais, no Paraná.  

Acontece que, na última quinta-feira, 7, a direção do colégio enviou cartas para os responsáveis de alguns alunos por conta de uma preocupação: estudantes de 8 a 10 anos não só assistiram a trama, que é recomendada para maiores de 16 anos, como passaram a reproduzi-las. 

"A mensagem desta série em nada se comunica com nosso programa socioemocional, com nossa valorização da família e da vida, com nossa filosofa de escola. Em nada contribui para que seus filhos sejam pessoas melhores e resilientes", diz o centro de ensino em documento enviado as responsáveis.  

Em entrevista à Folha de S. Paulo, o diretor Haroldo Andriguetto disse que a preocupação começou quando os estudantes passaram a organizar competições iguais as mostradas na série. Além disso, o que mais chamou a atenção, é que sempre que um participante/aluno perdia a prova, outras crianças fingiam que estavam as matando.  

"Qualquer pai e mãe ficaria horrorizado com o que eu vi. Ao andar nos corredores, eu estava acostumado a ver crianças felizes, saudáveis, pulando e brincando", continua.  

Haroldo também explica que estudantes estavam deixando cartas nas mesas de seus colegas, como se fossem os convites para o jogo. "Ela passa um conjunto de ideias totalmente não emocionais, o que pode mexer com a ansiedade, com o medo e com os níveis de tolerância das crianças”.  

O diretor conta que recebeu cerca de 15 e-mails de retorno em relação as mensagens que enviou. Muitos dos pais, explica, não sabiam que seus filhos acompanhavam a trama. Apesar da polêmica, o diretor não se diz contra a produção. "Ela tem o seu público, tem a sua mensagem, mas o problema é que ela alcançou as crianças e a imaginação delas."