Segundo o calendário oficial do Reino Unido, o pleito estava previsto para janeiro de 2025, mas tudo mudou após um pronunciamento do premiê
Publicado em 22/05/2024, às 15h40 - Atualizado às 15h41
Nesta quarta-feira, 22, o primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, dissolveu o parlamento e anunciou a antecipação das eleições no país, que agora ocorrerão no próximo dia 4 de julho. Segundo o calendário atual, o pleito iria acontecer em janeiro de 2025.
Conforme repercutido pelo site da revista Exame, o premiê não disse se irá se candidatar à reeleição durante o discurso feito na porta de sua residência oficial, Downing Street, em Londres.
O anúncio teve um impacto significativo no Partido Conservador de Sunak, que ele lidera desde o final de 2022, sucedendo o ex-primeiro-ministro Boris Johnson, que renunciou. Desde o início de seu mandato, Sunak compartilhou a intenção de convocar eleições gerais em 2024, embora se acreditasse que isso fosse acontecer no final do ano.
Segundo o jornal inglês The Guardian, Sunak optou por antecipar as eleições após a divulgação de novos dados econômicos favoráveis para seu governo nesta semana. A publicação também relatou que membros do partido convenceram o primeiro-ministro de que esses números não melhorariam até o final do ano.
Contudo, as pesquisas de opinião no país sugerem que o líder do Partido Trabalhista, Keir Starmer, é o favorito para vencer o próximo pleito. Se isso acontecer, os trabalhistas retornarão ao poder após 14 anos de governo do Partido Conservador.
Rishi Sunak, de 44 anos, atuou como Chanceler do Tesouro de 2020 a 2022 e foi Secretário-Chefe da instituição entre 2019 e 2020.
Ele chegou à liderança do governo britânico após a tentativa fracassada da ex-primeira-ministra Liz Truss de substituir Boris Johnson, que renunciou devido a escândalos por participar de festas durante a quarentena no Reino Unido, na pandemia de Covid-19.
Em uma nova votação interna, os conservadores elegeram Sunak, que assumiu com a promessa de conter a inflação e estimular a economia. Seu governo também foi caracterizado por políticas conservadoras, como o projeto de repatriação forçada de imigrantes ilegais para Ruanda, apesar dele ser filho de imigrantes indianos.