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Reino Unido devolve Chagos às Ilhas Maurício, mas mantém base militar

O Reino Unido concordou em devolver o Arquipélago de Chagos às Ilhas Maurício, no oceano Índico, após 13 rodadas de negociações iniciadas em 2022

Redação Publicado em 03/10/2024, às 11h50

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Registro da NASA de Diego Garcia, no Arquipélago de Chagos - Wikimedia Commons via NASA
Registro da NASA de Diego Garcia, no Arquipélago de Chagos - Wikimedia Commons via NASA

O Reino Unidoconcordou em devolver o Arquipélago de Chagos às Ilhas Maurício, no oceano Índico, após 13 rodadas de negociações iniciadas em 2022.

Segundo informações da AFP, o governo britânico, que administra a região desde 1814, separou as Ilhas Chagos de Maurício em 1965 — então uma colônia prestes a se tornar independente, o que aconteceu três anos depois — para criar o Território Britânico do Oceano Índico (BIOT).

No início dos anos 1970, cerca de 2.000 moradores foram expulsos e enviados para Maurício e Seychelles, a fim de abrir espaço para a construção de uma base aérea na maior ilha, Diego Garcia, que havia sido arrendada aos Estados Unidos em 1966.

Acordo

O acordo foi alcançado com base nas decisões do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), da ONU e do Tribunal Internacional do Direito do Mar. Ele assegura que a operação conjunta da base militar em Diego Garcia, descrita como "estratégica", será preservada, e permite que Maurício reassente o restante das ilhas.

O Ministro das Relações Exteriores britânico, David Lammy, afirmou em comunicado que o governo herdou uma situação em que "a operação segura e de longo prazo da base militar de Diego Garcia estava sob ameaça, com soberania contestada e desafios legais em andamento".

Ele destacou que o acordo "garante esta base militar vital para o futuro", fortalece o papel britânico na segurança global, impede o uso do Oceano Índico como uma "rota perigosa de migração ilegal para o Reino Unido" e garante o relacionamento de longo prazo com Maurício.

No entanto, muitos chagossianos estão divididos sobre o futuro das ilhas e o seu status sob controle mauriciano, temendo a perda de sua identidade, repercute o The Guardian.

Alguns defendem o direito de retorno, enquanto outros se preocupam com questões de autodeterminação. Em comunicado, a organização Chagossian Voices criticou o acordo, alegando "falta de consulta" com a comunidade chagossiana.