A agressão ocorreu em Registro, interior de São Paulo, na última segunda-feira, 20
Gabriela Samadello Monteiro de Barros, procuradora-geral do município de Registro, no interior de São Paulo, diz ainda se recuperar das dores após agressão sofrida por Demétrius Oliveira Macedo, colega de trabalho, na última segunda-feira, 20. O agressor foi preso na manhã de hoje, 23.
Gabriela ainda não entende as motivações de Demétrius, com quem trabalhava desde 2013, para a mudança de comportamento repentina. Em entrevista à Universa, ela chegou a comentar a possibilidade de ele se sentir descontente em ser comandado por mulheres, visto que ele demonstrava descontentamento com o trabalho desde 2019, quando uma mulher ocupou o cargo de chefia da procuradoria-geral do município.
De uns meses para cá, ele passou a assumir uma postura diferente, seu comportamento foi mudando ao longo do tempo. Parece que ficou revoltado e isso piorou muito depois que eu assumi", acrescentou Gabriela Samadello, que assumiu o cargo em 2021, sendo a segunda mulher na posição.
A vítima contou que já estava se preparando para deixar a sala da Procuradoria quando Demétrius apareceu, completamente transtornado, por volta das 17h50. "Ele não disse nada. Simplesmente invadiu a sala e começou a me espancar", disse ao detalhar o acontecimento, como informado pelo portal de notícias da UOL.
Primeiro, ele deu uma cotovelada no meu rosto, fazendo com que eu batesse a cabeça fortemente contra a parede. Depois começaram os socos. Ele tinha muita força, eu comecei a perder os sentidos. Por mais que tentasse me proteger com os braços, ele ficava buscando acertar a minha cabeça. Eu pensei que fosse morrer, que ele ia me matar. Fui ficando desorientada e caí no chão."
Gabriela ainda diz que está preocupada com possíveis traumas mais graves: "Ele ficou uns 3, 4 minutos me espancando. Mas para mim, foram 20, 30 minutos. Teve um momento em que perdi a visão do olho esquerdo, pensei que ficaria cega. Minha cabeça sangrava e o olho também.". Agora, ela diz se sentir "aliviada" ao saber da prisão preventiva do agressor.