Fundador da Sentebale pede investigação após acusações de "assédio e intimidação" e abertura de inquérito sobre a governança da instituição
O príncipe Harry, fundador da instituição de caridade Sentebale, fez um ataque velado à presidente da organização, Sophie Chandauka, acusando-a de contar "mentiras descaradas". A declaração surge em meio a um inquérito aberto pela Comissão de Caridade sobre alegações de má governança na Sentebale.
Em comunicado, Harry expressou esperança de que uma "investigação robusta" revele a verdade sobre os acontecimentos recentes na Sentebale. Ele classificou os eventos como "de partir o coração, especialmente quando mentiras tão descaradas ferem aqueles que investiram décadas neste objetivo comum".
A polêmica teve início após a renúncia do duque e do príncipe Seeiso do Lesoto, cofundador e colega patrono da Sentebale, juntamente com cinco curadores. Chandauka, que iniciou uma ação legal para evitar sua demissão, acusou Harry de "assédio e intimidação em grande escala" por divulgar a notícia de sua renúncia sem consultá-la.
A Comissão de Caridade, órgão regulador do setor de caridade no Reino Unido, anunciou que abriu um "caso de conformidade" para investigar as alegações de má governança na Sentebale. A comissão afirmou que está em contato direto com as partes envolvidas para reunir evidências e avaliar a conformidade da instituição com seus deveres legais.
Chandauka, uma advogada corporativa com experiência em empresas como Meta e Morgan Stanley, afirmou que levantou pela primeira vez "questões de governança, administração e gestão" na Sentebale em fevereiro. Ela também informou que iniciou uma revisão interna da governança da instituição.
Segundo o 'The Guardian', a Sentebale foi fundada em 2006 pelo príncipe Harry e pelo príncipe Seeiso em memória de suas mães, Diana, Princesa de Gales, e Rainha Mamohato do Lesoto. A instituição de caridade tem como objetivo apoiar crianças e jovens vulneráveis no sul da África.