Busca
Facebook Aventuras na HistóriaTwitter Aventuras na HistóriaInstagram Aventuras na HistóriaYoutube Aventuras na HistóriaTiktok Aventuras na HistóriaSpotify Aventuras na História
Notícias / Rússia

Pesquisadores descobrem origem de cratera perfeita encontrada na Sibéria

Descoberta em setembro de 2020, a equipe avaliou o motivo do surgimento de um buraco gigante em meio a região fria e inabitada

Wallacy Ferrari, sob supervisão de Fabio Previdelli Publicado em 20/02/2021, às 07h51

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Fotografia de drone registra o buraco - Divulgação / Igor Bogoyavlensky
Fotografia de drone registra o buraco - Divulgação / Igor Bogoyavlensky

Em setembro de 2020, um grupo de pesquisadores localizaram uma impressionante cratera na península de Yamal, na Sibéria, no meio do gelo. O buraco fundo foi inicialmente identificado por imagens aéreas e, posteriormente, alcançado em solo e nomeado como C17. No entanto, era desconhecido o motivo da existência de tal buraco no meio da região isolada.

Com 20 metros de largura e 30 metros de profundidade, os pesquisadores puderam concluir que, quando a camada permanentemente congelada da região — chamada de permafrost — começa a dar sinais de descongelamento, as placas congeladas de gás metano expandem em cavidades subterrâneas resultando em uma pressão que, posteriormente, agrava em um estouro.

Fotografia registra cratera C17 por fora e dentro / Crédito: Divulgação / Igor Bogoyavlensky

O resultado de tal ação é o grande buraco, que tem a saída redonda pelo fato de sua explosão ocorrer de dentro para fora de maneira perfeita em decorrência do degelo, conforme publicado na revista científica Geosciences. Esse descongelamento foi atribuído justamente ao aquecimento global, onde os trechos de gelo considerados permafrost passam a ser derretidos pela mudança de clima na região.

Evgeny Chuvilin foi um dos membros da pesquisa promovida pelo Centro para Recuperação de Hidrocarbonetos do Instituto de Ciência e Tecnologia Skolkovo e acrescentou que a conclusão foi obtida com maior facilidade por ter sido encontrada pouco depois de estourar.

“A C17 está unicamente bem preservada, já que a água da superfície ainda não tinha se acumulado dentro dela quando a estudamos, o que nos permitiu estudar uma cratera fresca, intocada pela degradação”, disse o pesquisador no enredo do estudo.