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Notícias / Paleontologia

Pesquisador identifica espécie de pássaro gigante de 40 milhões de anos

Com uma anatomia semelhante à do albatroz, os antigos pelagornitídeos tinham entre 5 e 6 metros de envergadura

Pamela Malva Publicado em 28/10/2020, às 16h30

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Representação de albatrozes em volta de um antigo pelagornitídeo - Divulgação/Brian Choo
Representação de albatrozes em volta de um antigo pelagornitídeo - Divulgação/Brian Choo

Em meados de 1980, um grupo de paleontólogos encontrou diversos fósseis com mais de 40 milhões de anos na Ilha Seymour, ao norte da Península Antártica. Hoje, um especialista descobriu novidades nunca antes reveladas sobre os ossos.

Peter Kloess, da Universidade da Califórnia, em Berkeley, colocou suas mãos nos fósseis pela primeira vez em 2015. Segundo ele, é claro que os ossos encontrados na Antártica pertenciam aos antepassados dos pássaros, os chamados pelagornitídeos.

Ao contrário de outras amostras desses animais encontradas anteriormente, no entanto, os fósseis descobertos na Ilha Seymour eram de pelagornitídeos gigantes. Parecidos com o albatroz moderno, eles tinham cerca de 6,4 metros de envergadura.

Representação da mandíbula a partir de um dos fósseis encontrados / Crédito: Divulgação/Peter Kloess

De acordo com Peter, tal descoberta indica que “os pássaros evoluíram para um tamanho verdadeiramente gigantesco com relativa rapidez após a extinção dos dinossauros”. Isso porque, há 62 milhões de anos, os mesmos animais eram consideravelmente menores.

Conhecidos como pássaros “com dentes ossudos”, os pelagornitídeos fizeram parte do ecossistema da Antártica por mais de 10 milhões de anos. Além de gigantes, eles ainda contavam com dentes pontiagudos, cobertos por queratina — como as nossas unhas —, que eram usados para agarrar animais marinhos durante o voo.

Muito além da descoberta do animal gigante, no entanto, a pesquisa de Peter também corrobora para a ideia de que, no período Eoceno, a Antártica era uma região muito mais quente do que é atualmente. Assim, o bioma era habitado pelos antepassados dos pinguins, patos, avestruzes, albatrozes e de outras aves que conhecemos hoje.