Ave pertencia ao grupo já extinto dos Enantiornithes — o achado é considerado um dos mais completos conhecidos até o momento
Uma nova peça de âmbar contendo os restos esqueléticos de um pássaro foi encontrada no município de Tanai, em Myanmar. O achado, que pesa cerca de 284g, preserva as porções de duas asas com penas e dois pés, todos pertencentes a mesma ave, tornando-a uma das espécimes relativamente mais completas conhecidas até agora.
"O espécime preserva as partes distais das asas e dos pés, embora a maioria dos elementos esqueléticos seja mal preservado devido a vários graus de dissolução e decadência", disse Lida Xing, da Universidade de Geociências da China e do Museu de História da Natureza de Yingliang Stone.
Ao examinarem as penas e os pés do pássaro, os pesquisadores descobriram que ele pertencia ao grupo já extinto dos Enantiornithes — uma espécie que tinha dentes e viveu no período Cretáceo, a 99 milhões de anos atrás.
“Embora os restos esqueléticos sejam mal preservados, as características morfológicas cumulativas (por exemplo, penúltimas falanges dos pedais mais longas, pedais falanges mais longas e recurvadas) sugerem encaminhamento para os Enantiornithes, o grupo dominante de aves terrestres do Cretáceo e até agora o único grupo identificado com certeza em âmbar birmanês”.
Segundo os especialistas, o espécime provavelmente representa um pássaro ainda jovem. O estudo completo foi publicado na revista Frontiers in Earth Science.