Instituição vem causando polêmica ao criticar os símbolos que considera ‘contrário aos planos de Deus’
Um colégio particular situado no município mineiro de Itaúna vem causando polêmica depois de divulgar uma cartilha em que repudiava o uso de materiais escolares com estampas de arco-íris, do revolucionário comunista Che Guevara e de caveiras.
O comunicado foi veiculado pela escola Recanto do Espírito Santo na última quarta-feira, 12, e está repercutindo nas redes sociais, em que os símbolos são chamados de “antifamília”.
As principais ideologias anti-família têm feito de tudo para se instalar em nosso meio e utilizam, principalmente, os materiais infantis e com estampas que parecem ingênuas”, lê-se no material.
“O arco-íris que é um símbolo de aliança de Deus com seu povo foi raptado pela militância LGBT, que o utiliza em suas bandeiras que têm, atualmente, seis cores: vermelho, laranja, amarelo, verde, anil e violeta", acrescenta.
A cartilha também alerta para o material escolar com estampas de caveiras e do guerrilheiro. "Os cadernos e camisetas com caveiras (cultura de morte), foice e martelo e com o rosto de Che Guevara (grande assassino e revolucionário comunista), estão na moda há décadas. Mas hoje vejo também outros riscos", critica o texto.
Sobre o unicórnio, o material afirma que, embora representado como "uma figura doce e encantadora", é um "perigo, utilizado por personalidades para identificar alguém de gênero não binário, que não se identifica como homem, como mulher e nem mesmo como um transexual. Ou seja, não se enquadra em nada e vive totalmente sem padrões".
Resumindo, é mais um símbolo contrário à lei natural, contrário aos planos de Deus", afirma o documento, assinado pela diretoria da escola.
"Às vezes é mesmo doloroso ver um filho triste por não ter a mesma mochila, estojo, lancheira, etc que o seu coleguinha tem. Mas dor e frustração fazem parte de uma boa educação e, nesta hora, os pais têm o importante papel de mostrar as razões e defender os seus valores", completa.
O colégio não se posicionou sobre o caso após a repercussão da cartilha, limitando os comentários de seu perfil no Instagram, como reportou o jornal O Globo.