Em sua autobiografia, o papa revelou que, durante sua histórica passagem pelo Iraque, foi alvo de duas tentativas de atentado
A nova autobiografia do Papa Francisco, intitulada Hope (Esperança), revela que ele foi alvo de duas tentativas de atentado durante sua histórica passagem pelo Iraque em 2021. Foi a primeira vez que um líder da Igreja Católica visitou o país, em uma das viagens mais arriscadas de seu pontificado, que já dura 11 anos. Trechos do livro foram divulgados nesta terça-feira pelo jornal italiano Corriere della Sera.
No relato, Francisco conta que, ao desembarcar em Bagdá, foi informado pela polícia sobre dois planos de ataque planejados contra ele.
“Uma mulher cheia de explosivos, uma jovem kamikaze, estava indo para Mosul para se explodir durante a visita papal. E uma van também partiu a toda velocidade com a mesma intenção”, descreveu o pontífice, segundo informações do portal O Globo.
Ele revelou ainda que a inteligência britânica descobriu as ameaças e alertou o Vaticano. Francisco mencionou ter questionado um comandante de segurança sobre o destino dos suspeitos. "O comandante respondeu laconicamente: 'Eles não existem mais'. A polícia iraquiana os interceptou e os explodiu", relatou.
A passagem por Mosul foi um dos momentos mais simbólicos da visita. A cidade, controlada pelo grupo Estado Islâmico entre 2014 e 2017, sofreu destruição massiva, incluindo igrejas e centros históricos. A operação de segurança contou com milhares de agentes iraquianos destacados para proteger o Papa. Na época, o Vaticano optou por manter sigilo sobre detalhes do incidente.