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Notícias / Guatemala

Operação resgata 160 crianças de seita judaica investigada por abusos na Guatemala

Operação se deu no município de Oratorio, a cerca de 60 km a sudoeste da capital, onde a seita se estabeleceu no ano de 2016

por Giovanna Gomes
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Publicado em 21/12/2024, às 10h29

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Imagem ilustrativa - Imagem de RockYourCradle por Pixabay
Imagem ilustrativa - Imagem de RockYourCradle por Pixabay

O Ministério do Interior da Guatemala anunciou o resgate de 160 crianças nesta sexta-feira, 20, de uma propriedade ligada à seitaLev Tahor, um grupo judaico ultraortodoxo sob investigação por supostos abusos sexuais contra menores. A operação ocorreu no município de Oratorio, a cerca de 60 km a sudoeste da capital, onde a seita se estabeleceu no ano de 2016.

"A operação permitiu o resgate de 160 menores que teriam sido abusados por um membro da seita Lev Tahor", declarou o ministro Francisco Jiménez na rede social X, de acordo com a agência de notícias AFP.

O promotor Dimas Jiménez, em coletiva de imprensa, informou que a busca foi motivada por suspeitas de crimes como tráfico de pessoas, gravidez forçada, maus-tratos a menores e estupro. Além disso, foi encontrada uma ossada que se acredita ser de uma criança, informou a promotoria.

O ministro enfatizou a postura rígida do governo diante de tais crimes: "Tolerância zero ao abuso infantil!" Ele também destacou o apoio do Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos (DHS) na operação.

A seita Lev Tahor vinha sendo investigada pelas autoridades guatemaltecas após denúncias de abuso infantil, casamentos forçados e gravidez precoce. Em outubro, uma busca anterior buscava verificar a situação dos menores, mas foi bloqueada pelos líderes do grupo.

A Lev Tahor

Fundada na década de 1980, a Lev Tahor pratica uma versão ultraortodoxa do judaísmo, com membros caracterizados por vestimentas escuras. Após ser expulsa de um povoado indígena maia em 2014 devido a conflitos com moradores locais, o grupo estabeleceu-se em Oratorio em 2016.

As estimativas apontam que a seita seja composta por cerca de 50 famílias, incluindo membros da Guatemala, Estados Unidos, Canadá e outros países. Os líderes da Lev Tahor descreveram as investigações como "perseguição religiosa".