Segundo as autoridades, as vítimas não tinham acesso a primeiros socorros, água potável e nem banheiros
Segundo divulgado pelo G1 nesta quarta-feira, 21, a Polícia Rodoviária Federal, em parceria com o Ministério do Trabalho, libertou recentemente um total de 63 pessoas no estado de Minas Gerais que estavam em situação análoga ao trabalho escravo.
A operação policial, que ocorreu entre os dias 13 e 20 de julho, resgatou trabalhadores do campo que estavam sendo submetidos a condições inóspitas e a longas jornadas. Os órgãos ficaram sabendo da situação graças a denúncias anônimas.
De acordo com a Auditoria Fiscal do Trabalho (AFT), cujo declaração foi repercutida pelo G1, as vítimas haviam sido cooptadas na Bahia e precisaram custear suas próprias viagens e alimentação até o estado vizinho.
Quando chegaram ao seu destino, descobriram um local de trabalho que não contava com equipamentos de proteção, primeiros socorros, condições adequadas de higiene e nem mesmo um fornecimento de água potável. Também não havia refeitório e banheiros, o que obrigava os trabalhadores a fazerem suas refeições sentados no chão, e suas necessidades no mato.
Após a interferência da força-tarefa, os empregadores precisaram pagar uma rescisão de 396.805,12 reais ao grupo, além de financiar a viagem deles de volta para a Bahia. Agora, as vítimas ainda terão acesso a três parcelas de Seguro-Desemprego.
Essas consequências, todavia, foram apenas iniciais, uma vez que a investigação do caso segue em andamento. Existe também a previsão de que os suspeitos irão pagar pelos danos morais provocados, por exemplo.