O número que antecede o nono número de Dedekind foi calculado em 1991; entenda!
Após 32 anos de buscas pelo nono número de Dedekind ou D(9), o sucessor do D(8), dois grupos de matemáticos parecem ter encontrado um possível resultado para o número, que até então era tido como impossível de calcular.
Segundo repercutiu a revista Galileu com informações do site Live Science, o número complexo em questão se trata do décimo de uma ordem que, em outras dimensões espaciais, é a representação da quantidade de possibilidades de configuração de um tipo de operação lógica verdadeiro-falso.
O feito, que contou com o auxílio de supercomputadores, trabalha com uma classe numérica que, para cada nova dimensão alcançada, os D(x) ficam exponencialmente maiores, fazendo com que essa condição dificulte a definição deles. Vale destacar que, por sua complexidade, o número D(8), que antecede o nono número de Dedekind, foi calculado apenas em 1991.
Além disso, os dois grupos utilizaram das máquinas tecnológicas citadas e de programas diferentes para que chegassem ao resultado que conciliou. Apesar da pesquisa ainda não ter sido revisada por pares, o fato da solução final alcançada pelos grupos terem sido iguais traz mais validade para a pesquisa.
Descritos pela primeira vez no século 19 pelo matemático alemão RichardDedekind, os números de Dedekind, que recebem o sobrenome do pesquisador que os identificou, se relacionam com problemas de lógica conhecidos como “funções booleanas monótonas” (MBFs).
A álgebra descrita por Richard, entre dois valores, recebe apenas um como entrada. Os números se tratam do 0, que é tido como falso, e do 1, como verdadeiro. O conceito tem como primeiro número de sua sequência o D(0), enquanto que o D(9), analisado recentemente, vem a ser o décimo da ordem.
Um dos realizadores do estudo, VanHirtum, estava em busca da solução do nono número de Dedekind há mais de três anos. Para isso, o matemático teve que desenvolver um programa para que as informações que ele estava em busca fossem processadas especificamente.
Buscar esse novo valor exigiria um poder de processamento igual à potência total do Sol. Na realidade atual, isso torna o número praticamente impossível de calcular. É preciso integrar aos sistemas algoritmos ainda mais complexos”, disse o pesquisador sobre a possível busca pelo D(10), um novo valor na sequência.