Mansão de Hebe Camargo em São Paulo vai a leilão novamente; estado de conservação gera polêmica entre herdeiros. Descubra os detalhes!
A Justiça de São Paulo autorizou a realização de uma nova tentativa de leilão para a mansão que pertenceu à icônica apresentadora Hebe Camargo, onde ela residiu por 21 anos, localizada no bairro do Morumbi, conforme informado pelo colunista do UOL Rogério Gentile.
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Atualmente, o imóvel, que possui uma área construída de 962 metros quadrados, apresenta um estado avançado de deterioração.
O patrimônio é de propriedade dos filhos de Lélio Ravagnani, ex-marido da apresentadora. Hebe se mudou para a residência em 1979 após seu casamento e deixou o local em julho de 2000, após a morte do esposo.
A determinação para o leilão foi emitida pelo juiz Fabio Coimbra Junqueira em decorrência de um processo extenso com cerca de 7 mil páginas, que foi iniciado pela empresa Wv Soluções Logísticas, responsável pela cobrança de dívidas acumuladas pelos herdeiros Ravagnani.
Uma primeira tentativa de leilão ocorreu em outubro passado, mas não atraiu nenhum interessado. Embora a nova data ainda não tenha sido divulgada, a leiloeira Dora Plat, da Zuk Leilão, será encarregada do evento. A avaliação atual da mansão gira em torno de R$ 8,2 milhões.
Um laudo pericial realizado em 2022 revelou as condições alarmantes do imóvel, que está situado em um terreno totalizando 1.987 metros quadrados. Segundo o documento, a falta de telhas cerâmicas levou à infiltração de água durante chuvas, causando danos significativos aos andares inferior e térreo.
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Entre os problemas identificados estão: deterioração dos revestimentos internos, formação de bolhas e descascamento da pintura nas paredes e tetos, além de danos nos pisos e armários. O relatório ainda mencionou corrosão nos quadros elétricos e falhas nos circuitos elétricos.
A disputa familiar em torno do imóvel também se intensificou. Lélio Filho e sua irmã, Leila Ravagnani Barros, têm divergências sobre a responsabilidade pelo estado de conservação da mansão. Lélio Filho aponta Leila como responsável pela degradação da propriedade durante os 15 anos em que ela habitou o local desde março de 2001.
Ele moveu uma ação judicial pedindo indenização por danos materiais, alegando que sua irmã causou intencionalmente a destruição do imóvel em meio a outra disputa legal relacionada ao pagamento retroativo de aluguéis que lhe eram devidos.
No entanto, Leila rebateu as acusações, alegando que os danos foram exacerbados por uma tempestade severa em janeiro de 2015 que atingiu a região do Morumbi. Ela afirmou que os ventos fortes destelharam a casa e que as inundações resultantes causaram estragos significativos.
Além disso, Leila ressaltou que Lélio Filho deveria ter contribuído financeiramente para a manutenção do imóvel enquanto compartilhavam a propriedade. Em decisão proferida em maio de 2019, o juiz Carlos Pratavieira decidiu a favor de Leila, afirmando que Lélio Filho também tinha obrigações com as despesas de conservação da residência.
O engenheiro recorreu dessa decisão e aguarda um julgamento sem data definida até o momento. Outro laudo apresentado por Jerônimo Fagundes Neto concluiu que além das condições climáticas adversas, outros fatores como negligência na manutenção e possíveis atos de vandalismo contribuíram para o rápido deterioramento da mansão.