Estudo revela que a Lua pode ser 160 milhões de anos mais velha do que se pensava; descubra como isso muda nossa compreensão da história lunar!
Redação Publicado em 18/12/2024, às 16h00
Um estudo recente, publicado na renomada revista científica Nature, revela que a idade da Lua pode ser superior às estimativas anteriores. De acordo com as novas evidências, a formação da Lua ocorreu há cerca de 4,51 bilhões de anos, em contraste com os 4,35 bilhões de anos sugeridos anteriormente.
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A pesquisa indica que, após sua formação, a superfície lunar sofreu derretimento devido à ação das forças gravitacionais variáveis conhecidas como "forças de maré". Esse fenômeno teria aquecido a superfície da Lua, levando à reavaliação das idades aparentes de alguns minerais presentes nas rochas lunares, como o zircônio. Além disso, crateras antigas resultantes de impactos de asteroides teriam sido eliminadas durante esse processo.
O Professor Cássio Barbosa, astrônomo do Centro Universitário FEI e que não participou da pesquisa, esclareceu o assunto ao G1: "Observando a quantidade de zircônio ao longo do tempo, nota-se um aumento significativo seguido por uma rápida diminuição. Essa variação é atribuída ao aquecimento experimentado pela Lua. A queda nos índices de zircônio indica um resfriamento após a formação, enquanto o subsequente derretimento da superfície resultou em um novo aumento nos níveis desse mineral".
A pesquisa também elucida que a Lua se originou de uma colisão entre a Terra e um planeta do tamanho de Marte, considerado o último impacto significativo na história terrestre. Esse evento provocou a dispersão de uma fração do magma terrestre pelo espaço, o qual eventualmente se agrupou devido à gravidade e começou a esfriar ao longo de milhões de anos até dar origem à Lua.
A nova análise sugere que a história lunar pode ser dividida em cinco etapas distintas:
Etapa 1: Formação Inicial
A Lua surgiu após uma violenta colisão entre a Terra e um planeta semelhante a Marte, resultando na dispersão do magma terrestre no espaço. O processo gravitacional permitiu que essa matéria se reunisse e iniciasse um resfriamento que durou aproximadamente 70 milhões de anos.
Esse resfriamento ocorreu de fora para dentro, culminando na formação da crosta lunar e permitindo que materiais mais densos se deslocassem para o núcleo.
Etapa 2: Solidificação da Crosta
Com o prosseguimento do resfriamento, o magma começou a solidificar, formando finalmente a crosta lunar ao longo de cerca de 70 milhões de anos. Nessa fase inicial, formaram-se rochas como o zircônio e o anortosito.
Etapa 3: Impactos e Crateras
A solidificação contínua levou à formação de crateras resultantes do impacto de asteroides, num período que durou cerca de 150 milhões de anos.
Etapa 4: Aquecimento por Forças Gravitacionais
Uma descoberta significativa revela que a Lua passou por um período onde forças gravitacionais variáveis provocaram seu derretimento. Durante esse intervalo, as crateras foram drasticamente modificadas ou até mesmo apagadas, em um processo que durou aproximadamente 217 milhões de anos.
Etapa 5: Evolução Contínua
Atualmente, após o resfriamento pós-derretimento, o magma lunar solidificou novamente e novas crateras foram formadas devido a impactos subsequentes.
