A pesquisa surge em oposição a um artigo de 2018, dando seguimento ao debate científico sobre a origem das penas
Recentemente, o especialista em pterossauros, Dr. David Unwin, e o professor Dave Martill, da Universidade de Portsmouth, publicaram no Nature Ecology and Evolution uma nova explicação para evidências fósseis que antes fizeram os cientistas acreditarem que os pterossauros (répteis voadores pré-históricos) tinham penas.
O novo estudo é uma resposta a outra pesquisa realizada em 2018, que analisou filamentos ramificados em formas de penas na pele dos pterossauros, interpretados então como “penas protoplasmáticas”. Já os pesquisadores do estudo de 2020 sugerem que esses filamentos seriam na verdade fibras resistentes, e a semelhança à penas viria da decomposição e efeito do tempo nesses tecidos.
A importância desse debate científico reside no fato que as penas são consideradas complexas demais para terem se desenvolvido em dois grupos animais diferentes. Dessa forma, determinar quais foram os primeiros animais a terem o corpo coberto de penas tem o potencial de reconstruir teorias inteiras.
“A ideia de pterossauros com penas remonta ao século 19, mas a evidência fóssil era então, e ainda é, muito fraca. Alegações excepcionais requerem evidências excepcionais”, comentou o Dr.Unwin, segundo apurado pelo Phys Org.