O animal pode ter até 20 centímetros e possui características primitivas
Nesta terça-feira, 10, cientistas da reserva nacional Colonso Chalupas, na província de Napo, no Equador, divulgaram um comunicado informando que uma nova espécie de cobra foi descoberta na floresta amazônica equatoriana. O animal, conhecido como jiboia-anã, é considerado uma relíquia por ter características primitivas.
Segundo informações publicadas pelo portal Ecoa UOL, a cobra possui 20 centímetros de comprimento e, em sua pele, há cores e padrões semelhantes a de uma jiboia convencional. Em entrevista à agência de notícias AFP, Mario Yánez, pesquisador do Instituto Nacional de Biodiversidade (Inabio), informou:
[Estas serpentes] são uma relíquia do tempo, são animais tão antigos que, obviamente, encontrar ou deparar-se com um animal destes é um privilégio".
Ainda segundo Yánez, a jiboia-anã possui uma "pélvis vestigial, característica das serpentes primitivas, que é evidência da redução das extremidades nos répteis escamosos há milhões de anos, produto das pressões climáticas no período Quaternário".
As descobertas, que contaram também com a participação dos pesquisadores Alexander Bentley, Mauricio Ortega, Claudia Koch e Omar Machado Neto, registraram que o hábitat natural da serpente é, principalmente, as florestas de altitude, local com muitas áreas chuvosas e úmidas.
Em nota, o Ministério do Meio Ambiente do Equador declarou que a cobra recebeu o nome de Tropidophis cacuangoae, "em homenagem à ativista equatoriana Dolores Cacuango", responsável pela luta nos direitos dos indígenas.
Os registros foram importantes, pois aumentaram para seis o número de espécies do gênero Tropidophis, encontrada só na América do Sul, conforme anunciado.