Busca
Facebook Aventuras na HistóriaTwitter Aventuras na HistóriaInstagram Aventuras na HistóriaYoutube Aventuras na HistóriaTiktok Aventuras na HistóriaSpotify Aventuras na História
Notícias / Mundo

Na internet, jovem compartilha rotina em Yakutsk, a cidade mais fria do mundo

Em seu perfil do TikTok, Kiun B, que mora na cidade siberiana de Yakutsk, compartilha detalhes sobre a vida na cidade mais fria do mundo

Kiun B em Yakutsk - Reprodução/Vídeo/TikTok/kiunb
Kiun B em Yakutsk - Reprodução/Vídeo/TikTok/kiunb

A jovem Kiun B mora na cidade siberiana de Yakutsk, onde os termômetros chegam abaixo de −64,4 °C durante o inverno rigoroso, contrastando com um verão onde as temperaturas médias diárias giram em torno de 20 °C. Em vídeos compartilhados online, ela expõe os efeitos que o frio intenso pode causar no corpo.

Ela explica que a cidade enfrenta longos períodos com pouca luz solar, onde “uma espessa neblina obscurece o sol durante a maior parte do ano”, comparando a atmosfera da região a “uma cena de um filme de ficção científica”.

Kiun também relata que os residentes sofrem com graves queimaduras de frio nos dedos e que a vida continua apesar das condições congelantes. “Ainda saímos, vamos para a escola e trabalhamos. Contrair queimaduras de frio e hipotermia em Yakutsk é quase tão comum quanto o próprio resfriado”, afirma.

Quando ela começa a ter uma sensação de “dormência”, um dos sintomas do congelamento, ela vai imediatamente a locais aquecidos, como um shopping ou uma estação de ônibus, para evitar possíveis danos graves.

De acordo com a jovem, esse é um problema sério na comunidade de moradores de rua, e por isso o governo implementou medidas para “construir mais abrigos para fornecer calor e proteção”.

Os hospitais na região também estão equipados com alas especializadas e médicos específicos para lidar com esses casos. Além disso, todos os cidadãos têm acesso a serviços de saúde básicos gratuitos. 

Dificuldades

Contudo, devido às longas distâncias entre algumas comunidades na região de Yakutsk, muitas pessoas morrem durante viagens que podem se estender por mais de 48 horas, conforme repercutido pelo jornal O Globo.

Com tanto frio, as baterias dos carros podem congelar, deixando os viajantes presos... o que pode ser fatal. Infelizmente, todos os anos, cerca de centenas de pessoas morrem congeladas em Yakutsk”, explicou Kiun.

Ela também ressaltou que outra queixa associada à escassez de luz solar é um tipo de depressão conhecido como Transtorno Afetivo Sazonal: “No inverno, a falta de luz solar e o frio constante podem realmente te deixar para baixo. É difícil até mesmo sair de casa quando você precisa se agasalhar em centenas de camadas, por isso passamos muito tempo em casa. Mas ficar dentro de casa o tempo todo pode fazer você se sentir realmente cansado, com sono e posso sentir meu humor piorando”.