Quatro animais morreram em seis meses no Gulf World Marine Park, na Flórida; autoridades investigam causas e empresa enfrenta processo de falência
A morte prematura de pelo menos quatro golfinhos no Gulf World Marine Park, na Flórida, nos Estados Unidos, nos últimos seis meses, desencadeou uma investigação estadual sobre possível abuso de animais. A informação foi divulgada pela The Dolphin Company, empresa gestora do parque, que está em processo de falência.
A morte mais recente ocorreu em 1º de março, quando um golfinho nariz-de-garrafa de 14 anos, chamado Jett, morreu devido a um trauma craniano agudo após bater a cabeça em uma área rasa da piscina durante uma apresentação ao vivo.
Segundo Steven Strom relatou em um comunicado, diretor independente da Dolphin Company, a morte pode ter sido causada por baixa visibilidade na água, doença, obras próximas ou desnutrição.
A empresa, que entrou com pedido de recuperação judicial, afirma que os consultores, que agora gerem a operação, trabalham para o bem-estar dos animais em seus parques temáticos e outras atrações aquáticas. No entanto, preocupações com a qualidade de vida dos animais nos habitats de golfinhos, parques temáticos e marinas da Leisure Investments, empresa controladora do parque, fazem parte de problemas operacionais mais amplos que afligem a empresa.
O Gulf World Marine Park foi forçado a fechar temporariamente devido aos protestos sobre preocupações com o bem-estar animal. A Comissão de Conservação de Peixes e Vida Selvagem da Flórida e o Departamento de Execução da Lei da Flórida cumpriram um mandado de busca no parque após a morte de Jett.
O procurador-geral da Flórida, James Uthmeier, informou que a investigação estadual está em fase inicial. Os consultores da empresa afirmam que vão trabalhar em colaboração com a antiga administração da Leisure Investments, mas que alguns membros da equipe atual e anterior podem se mostrar relutantes em cooperar.
Segundo 'o Globo', a empresa enfrenta dificuldades financeiras e, sem acesso completo aos registros, afirma que não pode cuidar adequadamente dos animais durante o processo de recuperação judicial. A primeira audiência do caso está marcada para a próxima terça-feira, 2, em Delaware.