O caso de Peanut, o esquilo influencer que foi sacrificado, ganhou proporções políticas e passou a ser usado como bandeira de crítica ao governo de NY
Peanut, um esquilo famoso com mais de 572 mil seguidores, foi sacrificado em 1º de novembro pelo Departamento de Conservação Ambiental (DEC) de Nova York, após denúncias anônimas sobre a posse ilegal de animais selvagens por seu tutor, Mark Longo, em Pine City.
Durante a apreensão, o esquilo mordeu um oficial, o que justificou a eutanásia para "testes sanitários", segundo a CBS New York. Em suas redes sociais, Longo expressou revolta, criticando a ação das autoridades e descrevendo o episódio como uma "violação desnecessária" de sua tranquilidade familiar.
Segundo a Rolling Stone, o tutor descreveu a operação como "um ataque injusto" e criticou o uso de recursos públicos para invadir seu santuário, a P'Nut Freedom Farm.
Em uma publicação, ele afirmou haver um "lugar especial no inferno" para o DEC e lamentou que "em meio a uma semana tão conturbada na história americana", seu esquilo tenha se tornado tema de discussões nacionais.
O caso de Peanut ganhou proporções políticas e passou a ser usado como bandeira de crítica ao governo de Nova York. A campanha do republicano e candidato à presidência Donald Trump abordou o tema em um comício na Carolina do Norte. O vice-candidato de Trump, JD Vance, expressou apoio ao tutor do esquilo e criticou o governo estadual.
"O mesmo governo que não se preocupa com criminosos imigrantes, proíbe que tenhamos animais de estimação", declarou Vance, acrescentando que Trump estava "indignado" com a eutanásia de Peanut, a quem chamou de "o Elon Musk dos esquilos", segundo o NY Post.
O próprio Elon Musk se manifestou contra a eutanásia de Peanut. O dono do X (antigo Twitter) e da SpaceX criticou a ação do DEC, afirmando: "The government should leave people and their animals alone" ("O governo deveria deixar as pessoas e seus animais em paz").
Em resposta à controvérsia, políticos republicanos buscaram soluções legislativas. O congressista de Nova York, Nick Langworthy, anunciou à BBC que proporá a "Lei de Proteção Animal de Peanut" para prevenir incidentes semelhantes.
Ele também criticou a governadora democrata Kathy Hochul por priorizar "santuários para imigrantes enquanto pets inocentes são mortos".