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Notícias / Holocausto

Morre, aos 113 anos, a sobrevivente mais velha do Holocausto

Rose Girone, que nasceu na Polônia em 1912, enfrentou a fatídica Noite dos Cristais, a Kristallnacht, em 1938; saiba mais!

Fabio Previdelli
por Fabio Previdelli
fprevidelli_colab@caras.com.br

Publicado em 26/02/2025, às 11h00

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Rose Girone, a sobrevivente mais velha do Holocausto - Arquivo Pessoal
Rose Girone, a sobrevivente mais velha do Holocausto - Arquivo Pessoal

Rose Girone, considerada a sobrevivente mais velha do Holocausto, faleceu na última segunda-feira, 24, aos 113 anos. Girone sobreviveu ao horror nazista da Noite dos Cristais (Kristallnacht) e também viu seu marido ser eviado para um campo de concentração. 

Pós-Segunda Guerra, ela se mudou com sua família para os Estados Unidos. Na última década, repercute o NY Post, Rose vivia em um asilo em Long Island, em Nova York

Ela fez o melhor em situações terríveis. Ela era muito equilibrada, muito sensata", disse a filha de Girone, Reha Bennicasa, de acordo com a mídia judaica.

Sobrevivente do Holocausto

Rose Girone nasceu em 1912, na cidade polonesa de Yanov, mas, ainda quando criança, se mudou com sua família para Hamburgo, no norte da Alemanha. 

Ela se casou com o judeu alemão Julius Manheim, seu primeiro marido, em 1938. Os dois se mudaram para a cidade de Breslau, hoje Wroclaw, na Polônia, pouco antes dos nazistas iniciaram a Noite dos Cristais. 

Quando estava grávida de oito meses, Rose Girone se viu sozinha após seu marido ter sido detido pelos nazistas e enviado para o campo de concentração de Buchenwald, em meados de 1939.

"Meu pai estava em um campo de concentração quando nasci", disse Bennicasa à FOX 5 na comemoração do 113º aniversário de sua mãe; no mês passado. "Eles permitiram que meu pai fosse embora com a condição de que pagássemos a eles e saíssemos em seis semanas".

A família, então, conseguiu vistos para fugirem para a cidade chinesa de Xangai — que acolheu mais de 20 mil refugiados durante a Segunda Guerra Mundial. E foi por lá que ela começou seu hobby de tricotar, que mais tarde se tornaria sua profissão. 

Dois anos após o fim da Segunda Guerra, em 1947, Rose se mudou com sua família para os Estados Unidos, onde ela abriu sua loja de tricô no Queens — se tornando um querido membro da comunidade local. 

Na última década, repercute o NY Post, ela passou a viver no Belair Nursing & Rehabilitation Center em North Bellmore, onde faleceu em paz no início desta semana. Girone deixa sua filha Bennicasa e uma neta, Gina.

"Ela sempre disse que o segredo de sua longevidade é que ela adora comer chocolate amargo", disse sua neta ao Long Island Herald no mês passado. "Ela tem bons filhos e tem um propósito. Ela sempre me disse: 'Sempre tenha um propósito na vida. Levante-se e sempre tenha um propósito'."