O fenômeno foi descoberto 20 anos atrás, porém permanecia um enigma até então
Um estudo conduzido por cientistas irlandeses e publicado no Scientific Reports no fim do mês passado decifrou o que causa as chamadas “aranhas de Marte”, rachaduras na superfície do planeta cujo formato curioso lembra os insetos de oito pernas.
A conclusão da pesquisa, que foi repercutida pelo Olhar Digital, é que essas marcas se formam através da sublimação (nome dado à passagem do estado sólido para o gasoso, pulando o líquido) do gelo seco presente na atmosfera marciana.
O enigmático fenômeno, que foi descoberto há cerca de 20 anos, foi explicado pelos cientistas através de sua reprodução em laboratório. Para tanto, eles colocaram gelo seco em contato com materiais quentes semelhantes aos encontrados no solo marciano. Embora evidentemente em escala menor, foi possível então observar a formação das mesmas “aranhas”.
“Esta pesquisa apresenta o primeiro conjunto de evidências empíricas para um processo de superfície que pode modificar a paisagem polar de Marte. Os experimentos mostram diretamente que os padrões de aranha que observamos em Marte em órbita podem ser esculpidos pela conversão direta de gelo seco de sólido para gasoso”, explicou Lauren McKeown, que é uma cientista planetária e também a líder do estudo.
A astronomia é a ciência que estuda os corpos celestes e os fenômenos que ocorrem no espaço sideral. Como o Universo intriga a humanidade desde os tempos remotos, o interesse pela astronomia já era presente na cultura de diversas civilizações antigas.
Alguns dos maiores mistérios ainda não revelados pela ciência pertencem a esse campo de conhecimento. Perguntas de implicações existenciais como "Existe vida fora da Terra?" e "Como se formou tudo que conhecemos?" compelem astrônomos em suas pesquisas.