O telescópio espacial James Webb identificou a 'minigaláxia', que pode revelar dados para entender melhor a origem do universo em que vivemos
Astrônomos descobriram uma "minigaláxia", compacta e única, que se diferencia do normal por ter gerado novas estrelas em uma taxa muito alta para seu tamanho. Segundo os especialistas, essa característica, e o fato de ela ser uma galáxia de 500 milhões de anos depois do Big Bang vão poder ajudar os cientistas a entender melhor certos dados sobre a origem do universo.
Essa "minigaláxia" foi observada por uma equipe de astrônomos liderados pela Universidade de Minnesota, nos Estados Unidos, usando o telescópio espacial James Webb, que consegue ver, no campo profundo do universo, a luz fraca das primeiras estrelas e galáxias que apareceram após o Big Bang, como o corpo estelar divulgado nesse estudo, na revista Science.
A galáxia compacta encontrada pelos cientistas só poderia ser vista com o Telescópio James Webb, graças às suas capacidades especiais, como a observação de diversos aglomerados de estrelas ao mesmo tempo.
Os astrônomos observaram a "minigaláxia" usando uma técnica chamada espectroscopia, para medir sua distância da Terra. Essa separação é tão grande, espacialmente, que ela se transforma em uma mudança de tempo: a luz chega a nós milhões de anos após brilhar na estrela. "Extremamente longe" no universo, como fala uma das autoras do estudo, Hayley WIliams, em entrevista à CNN, é uma medida de tempo e distância.
Dividindo o nome com a vocalista da banda emo Paramore, a astrônoma que ajudou a escrever o estudo fala sobre momentos emocionantes, mas não em músicas cheias de guitarras distorcidas, e sim no que parece como "obter um instantâneo do nosso universo nos primeiros 500 milhões de anos de sua vida”.
As galáxias da "infância" do universo são diferentes dos aglomerados de estrelas mais comuns hoje, então podem ser importantes não só para entender essas divergências, mas também para pensar nas semelhanças entre as muitas galáxias e como elas se formaram.