De acordo com estudos, a formação JADES-GS-z13-0 remonta à expansão inicial do Universo
Segundo estudos publicados nesta terça-feira, 4, o telescópio James Webb localizou a galáxia mais distante já identificada, que remonta à expansão inicial do Universo, cerca de 320 milhões de anos depois do Big Bang.
Através do espectro infravermelho, o telescópio James Webb (JWST) já identificou inúmeras galáxias “candidatas”. Esse espectro é um comprimento de onda invisível ao olho humano e que permite voltar mais longe no tempo, logo, ajuda a identificar suas idades por meio de suas luminosidades.
O aparelho possui uma capacidade poderosa de observação infravermelha, que combinada com a espectroscopia, identificou a existência de quatro galáxias de modo “inequívoco”. Contudo, todas elas estão muitos distantes, com idades que variam entre 300 e 500 milhões de anos depois do Big Bang, segundo dois estudos publicados o jornal Nature Astronomy.
Um dos autores do estudo, Stéphane Charlot, do Instituto de Astrofísica em Paris, disse à AFP que a galáxia mais distante localizada pelo JWST, chamada de JADES-GS-z13-0, se formou "320 milhões de anos após o Big Bang" e sua luz é a mais afastada já observada até hoje pelos astrônomos, de acordo com o portal O Globo.
A existência da galáxia GM-z11, cerca de 450 milhões de anos após o Big Bang, também foi confirmada pelo telescópio. Essa galáxia já havia sido detectada anteriormente pelo telescópio Hubble. No entanto, as quatro galáxias observadas possuem massa muito baixa, somente cem milhões de vezes a massa do Sol, em comparação ao 1,5 trilhão que Via Láctea possui.