Em um evento do PL, a ex-primeira-dama fez um discurso polêmico ao dizer que a política do partido é “feminina e não feminista”
Michelle Bolsonaro (PL), a ex-primeira-dama e atual presidente do PL Mulher, disse em um evento em São Paulo nesta segunda-feira, 25, que a política do partido é “feminina e não feminista”. Por essa fala, Michelle foi aplaudida por aqueles que estavam no evento político.
Na comemoração da filiação de Sonaira Fernandes, secretária de Estado de Políticas para a Mulher, ao PL (que fazia parte anteriormente do partido Republicanos), Michelle afirmou que a sigla diz para as mulheres do Brasil que “a gente não precisa gritar, a gente não precisa queimar os nossos sutiãs, a gente não precisa menosprezar a figura do homem”.
Segundo a presidente do partido, as mulheres são “colaboradoras e ajudadoras”, além de ter acrescentado que Deus colocou a figura feminina ao lado dos maridos exatamente para ajudá-los na Terra. “Estamos aqui, juntas, para fazer um trabalho sério”, disse. Ao finalizar seu discurso, ela disse que o partido está trabalhando para fazer mais mulheres brasileiras ganharem posições políticas.
Para que o maior número de vereadoras e prefeitas sejam eleitas. Então, que Deus abençoe a cada candidato, que Deus abençoe o nosso presidente, Valdemar [Costa Neto], o meu querido 'galeguinho' dos olhos azuis [Bolsonaro]”.
A presidente do PL Mulher fez a associação da queima de sutiãs de maneira errônea, já que tal expressão remete a um protesto que aconteceu do lado de fora do concurso de beleza Miss América, no ano de 1968, segundo a BBC Brasil. Na situação em questão, as manifestantes jogaram em uma lata de lixo diversos itens que oprimia as mulheres (de maneira simbólica), incluindo sutiãs, mas nada fora queimado.
Segundo o UOL, Michelle também defendeu princípios e valores cristãos: “Nós mulheres temos o maior dom que Deus nos deu, o dom de gerar [a vida]. E junto com ele o senhor acrescentou: Fé, resiliência, amor visceral, intuição, viu, maridos? E a mulher tem um olhar especial para a política”.