Ex-presidente Jair Bolsonaro é acusado de adulterar registro vacinal para entrar nos EUA
Nesta quarta-feira, 3, o ex-presidente Jair Bolsonaro foi alvo de busca e apreensão por conta de uma operação da Polícia Federal que apura uma suposta fraude em seu cartão de vacinação contra a Covid-19.
Em suas redes sociais, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro se pronunciou sobre a operação: "Hoje a PF fez uma busca e apreensão na nossa casa, não sabemos o motivo e nem o nosso advogado não teve acesso aos autos".
Apenas o celular do meu marido foi apreendido. Ficamos sabendo pela imprensa que o motivo seria 'falsificação do cartão de vacina' do meu marido e de nossa filha Laura", continuou.
Conforme relatado pelo UOL, o ministro da Controladoria-Geral da União, Vinícius Marques, havia confirmado, em fevereiro deste ano, a existência de um registro de imunização contra a Covid-19 no cartão vacinal do ex-presidente. Fazendo uma ressalva que a suposta fraude ainda estava sendo avaliada.
Há indícios de que os dados de vacinação de Bolsonaro no SUS teriam sido adulterados para o ex-presidente poder entrar nos Estados Unidos no final do ano passado — onde passou as últimas semanas de seu mandato —, visto que o país exige tal medida para admitir que pessoas entrem em seu território.
Na minha casa, apenas EU fui vacinada”, confidenciou Michelle.
Bolsonaro também se manifestou sobre a operação, negando a adulteração de seu carão vacinal: "O que eu tenho a dizer a vocês? Eu não tomei a vacina. Uma decisão pessoal minha, depois de ler a bula da Pfizer, decidi não tomar a vacina".
"O cartão de vacina da minha esposa também foi fotografado, ela tomou a vacina nos Estados Unidos, da Janssen. E a outra, minha filha, Laura, de 12 anos, não tomou a vacina também, tem laudo médico no tocante isso. No resto, eu realmente fico surpreso com a busca e apreensão por esse motivo. Eu não tenho mais nada a falar", declarou sem explicar como entrou nos Estados Unidos sem estar imunizado.